Campanha de Lula pede ao TSE prisão de envolvidos em operações da PRF
A coligação Brasil da Esperança, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a prisão de todos os envolvidos em operações da PRF (Polícia Rodoviária Federal) que estejam afetando o transporte de eleitores neste segundo turno.
O pedido de prisão seria a medida a ser adotada caso a PRF não suspendesse as operações. A campanha de Lula também pediu a Moraes que multe o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, no valor de R$ 500 mil por hora de descumprimento.
Mais cedo, a campanha petista enviou uma manifestação ao tribunal afirmando que teve conhecimento de operações conduzidas pela PRF - "principalmente na região Nordeste" - para supostamente impedir a circulação de veículos com eleitores de Lula.
O PT cita ainda uma publicação do diretor-geral da corporação, que declarou voto no presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Não param de chegar informações de todo o Brasil dando conta de que a PRF, comandada pelo Sr. Silvinei Vasques, está realizando operações desse jaes, em manifesto descumprimento à decisão proferida por Vossa Excelência", disse. "Inclusive, existem informações de que a Polícia Rodoviária Federal tem constrangido eleitores que apresentam identificação do candidato Luiz Inácio Lula da Silva."
Não bastasse, na data de hoje, o sr. Silvinei Vasques -- Diretor-Geral da PRF -- publicou em sua rede social um pedido explícito de voto em Bolsonaro
Trecho do pedido da coligação Brasil da Esperança ao TSE
Nesta madrugada, o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, disse em ofício circular aos superintendentes da corporação que ações "não conflitantes" com a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deveriam "seguir o seu curso natural" até o dia 1 de novembro.
No mesmo documento, o diretor-geral da PF disse que determina o "fiel cumprimento" da decisão do ministro, mas não detalha quais ações "não conflitantes" seriam liberadas.
O ofício foi enviado nesta madrugada após o ministro Alexandre de Moraes proibir operações que atingissem o transporte de eleitores pelo país. Mais cedo, o TSE cobrou explicações da PRF após receber relatos de operações e blitzes da PRF que estariam afetando a ida a locais de votação.
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