'Sangue por Bolsonaro' e 'bandeira não é deles': as provocações na Paulista
Eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se cruzaram hoje à tarde na avenida Paulista, região central de São Paulo, para assistir à apuração do segundo turno das eleições. Houve provocações de ambos os lados, mas sem insultos.
Os grupos se reuniram na esquina da paulista com a alameda Campinas, enquanto posavam para registros feitos pela imprensa no local. De um lado, bolsonaristas com a camisa da seleção brasileira gritavam: "Lula, ladrão! Seu lugar é na prisão." Em seguida, um grupo de petistas se uniu a eles, ironizando: "Lula, ladrão, roubou meu coração", enquanto estendiam uma camisa do PT.
"Eu não tenho medo de petista. Dou meu sangue pelo presidente. O Lula ajudou os pobres, mas não deu valor e levou trilhões", disse a secretária Ione Herculano, 54.
A técnica de enfermagem Carina Adriana Leonel, 34, bolsonarista, disse ter ido por conta própria ao local, apesar da maioria de apoiadores do PT.
"Eu tenho um pouquinho de medo, porque o povo do PT não respeita. Não dá pra generalizar. Agora o que ocorreu foi uma manifestação saudável", disse ela, após posar para fotos ao lado dos petistas, com gritos de apoio a Bolsonaro.
Enquanto elas se manifestavam, o estudante de Radiologia Welbert Freitas Alves, 21, se juntou ao grupo para apoiar Lula. "Essa bandeira não é deles. Não pertence aos bolsonaristas. É do Brasil."
Enquanto o grupo estava no local, um motorista passou gritando "capitão do povo" em referência ao jingle da campanha de Bolsonaro. Também houve veículos de petistas esticando o braço para fora e fazendo o "L" com os dedos da mão, referência ao nome de Lula e marca da campanha.
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