Maioria das queixas recebidas sobre ação da PRF foi no Nordeste, diz ONG
A coordenadora-geral da Transparência Eleitoral Brasil Ana Claudia Santano afirmou ao UOL que a maior parte dos relatos recebidos pela entidade envolvendo a atuação da PRF (Polícia Rodoviária Federal) neste domingo (30) são relativos à região Nordeste. A organização conduz uma missão de observação eleitoral em 15 Estados neste segundo turno.
Segundo Santano, também houve relatos na região Norte e Sudeste. Os casos serão verificados pela entidade.
"A gente recebeu muitas denúncias com relação ao Nordeste, mas a gente também recebeu algumas no Norte e algumas no Sudeste. E é por isso que estamos verificando", disse Santano. "A gente acompanhou a imprensa e a coletiva do ministro Alexandre [de Moraes]. A gente está apurando tudo que recebemos, mas existe um número de denúncias maior no Nordeste".
Santano avalia que, apesar dessas intercorrências, o segundo turno transcorreu de forma tranquila em relação às filas nos locais de votação. No primeiro turno, diversos eleitores relataram demora de até duas horas para conseguir votar - dessa vez, a Transparência Eleitoral Brasil avalia que as medidas adotadas pelo TSE para evitar a espera foram eficazes.
"Não vimos fila, confusão. A gente viu um clima de normalidade", afirmou. "A Transparência Eleitoral está apurando tudo que recebeu, mas os centros em si mostravam tranquilidade para a emissão do voto".
Sobre a questão envolvendo o transporte público gratuito, Santano destacou que chamou a atenção da entidade o fato do município de Porto União (SC), a 434 quilômetros de Florianópolis, não ter oferecido nenhuma linha de transporte a eleitores.
"Porto União não tinha transporte público, mas já não tinha no primeiro turno e isso nos chamou muito a atenção. E claro a gente segue acompanhando isso até porque vamos questionar a administração municipal para saber a razão de não ter transporte público na cidade de Porto União", disse.
Em relação ao chamado assédio eleitoral, situação em que o trabalhador é coagido pelo patrão a votar ou deixar de votar em determinado candidato, Santano disse que a entidade recebeu relatos, que foram repassados às autoridades competentes.
"Todas as denúncias que recebemos, levamos diretamente para autoridades e estamos recebendo sim, vários relatos nesse sentido", afirmou.
A Transparência Eleitoral Brasil conduz neste ano uma missão de observação nacional - uma iniciativa do TSE na gestão do ministro Edson Fachin para ampliar a segurança do processo eleitoral e minimizar eventuais contestações dos resultados.
Ao todo, a entidade atuou em mais de 40 municípios de 15 Estados e em quatro países. Um relatório parcial sobre o segundo turno deve ser divulgado nesta terça-feira (1º) e um outro documento, mais completo, será finalizado até o início de 2023 com todas as observações do grupo.
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