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Com apoio de Lula no 2º turno, João Azevêdo (PSB) é reeleito na Paraíba

Colunista do UOL

30/10/2022 18h51Atualizada em 30/10/2022 19h49

O governador João Azevêdo (PSB), 64, reelegeu-se neste domingo (30) na Paraíba após derrotar o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), 34. João foi eleito com 52,51% dos votos válidos. Seu adversário teve 47,49%.

A disputa dividiu a base lulista no estado. O candidato apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), declarou apoio a Cunha Lima no segundo.

Já João conseguiu o apoio de Lula e do PT, mesmo sob influência no estado do ex-governador Ricardo Coutinho, que é desafeto do governador. Coutinho foi candidato ao Senado, mas perdeu. João já havia declarado e pedido votos para Lula no primeiro turno.

O vice-governador eleito hoje é o advogado Lucas Ribeiro (PP), sobrinho do deputado federal e ex-ministro Aguinaldo Ribeiro (PP) e filho da senadora Daniella Ribeiro (PSD).

João Azevêdo fez uma campanha defendendo a continuidade de seu governo e se escorando, especialmente no segundo turno, no nome de Lula.

Em 2018, em sua primeira eleição ao governo, ele venceu a disputa já no primeiro turno. Ainda no final do seu primeiro ano de mandato, deixou o PSB alegando que o partido havia "perdido a democracia". Em resposta, a sigla o chamou de traidor em carta em que pedia desculpas pela eleição dele.

Em fevereiro deste ano, já com Coutinho no PT, ele decidiu retornar ao PSB para concorrer à reeleição. Hoje comanda o partido no estado.

Quem é o governador reeleito?

Azevêdo é formado em engenharia civil pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba) e professor aposentado do IFPB (Instituto Federal de Educação Tecnológica da Paraíba).

Ele começou a ganhar destaque político em 2007, quando assumiu a Secretaria da Infraestrutura de João Pessoa, onde ficou até 2010.

Em 2011, na gestão de Ricardo Coutinho, foi secretário de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia até 5 de abril de 2018, quando deixou o cargo para concorrer ao governo.