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Após vitória de Lula, Marinho posta foto com Bebianno: 'Descanse em paz!'

Paulo Marinho posta foto ao lado de Bebiano após vitória de Lula nas eleições - Divulgação/Twitter
Paulo Marinho posta foto ao lado de Bebiano após vitória de Lula nas eleições Imagem: Divulgação/Twitter

Do UOL, em São Paulo

30/10/2022 22h43

O empresário Paulo Marinho, que foi apoiador de Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2018 e depois se tornou desafeto do presidente, publicou foto nas redes sociais, na noite de hoje, ao lado de Gustavo Bebianno para celebrar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas em 2022.

Em postagem em seu perfil no Twitter, o ex-apoiador de Bolsonaro aparece abraçado com Bebianno, colaborador de primeira hora da candidatura bolsonarista há quatro anos, e deseja que ele descanse em paz após ter o seu nome citado arduamente na reta final da eleição presidenciável.

Acabou, Gustavo. Pagamos nossa penitência! Descanse em paz, meu irmão.
Paulo Marinho

Mensagem enigmática com Bebianno

Na última sexta-feira (28), o empresário Paulo Marinho usou as redes sociais com uma mensagem enigmática em referência ao debate de hoje entre presidenciáveis, na TV Globo.

No tuíte, escreveu apenas "A noite promete", juntamente com o versículo bíblico que Bolsonaro costuma repetir: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará".

Abaixo do texto, Marinho publicou um vídeo em que aparece Gustavo Bebianno que chegou a participar do governo e depois também se tornou inimigo.

No vídeo, Bebianno, que morreu de infarto em março de 2020, conta uma conversa que teve com Bolsonaro. "Ele virou pra mim e falou assim: Gustavo, você está isso aqui (fez com dois dedos o gesto de pouca distância) pra se tornar o próximo ministro da Justiça", diz, na gravação.

"Botei as mãos assim, uma mão em cada joelho dele aqui, e disse assim: capitão, só tem uma coisa que eu lhe peço, eu não faço questão de nada, nunca lhe pedi nada, mas tem uma coisa que eu quero lhe dizer, a única coisa que eu não estou preparado: é ser deixado pelo caminho. Ele deu a palavra de honra dele de que isso não aconteceria, que ele jamais deixaria um 'soldado' pelo caminho", relata o ex-colaborador.

Apesar da promessa, Bolsonaro acabou rompendo relações com Bebianno, que se tornou inimigo e reclamava muito de ter sido traído. Quando morreu, comentou-se que guardaria segredos comprometedores em um aparelho celular que estaria nos Estados Unidos.

Na reta final da eleição presidenciável de 2022, o deputado federal André Janones, apoiador de Lula (PT), chegou a relatar ter tido acesso ao conteúdo do aparelho e que poderia prejudicar a campanha de Jair Bolsonaro (PL).