Boulos diz que situação na Venezuela é preocupante e defende transparência

O candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), afirmou nesta quinta-feira (1°) que a situação na Venezuela é "extremamente preocupante".

O que aconteceu

Boulos defendeu transparência no resultado das eleições e a divulgação das atas. No início da semana, ele havia dito que esperaria a "posição da diplomacia brasileira".

Ricardo Nunes (MDB) cobrou que Boulos se posicionasse sobre o assunto. O psolista se pronunciou por meio de nota da sua assessoria, mas não em seus perfis nas redes sociais como os demais candidatos. "O povo de São Paulo está vendo os valores que cada candidato defende", escreveu o prefeito na quarta-feira (31). O emedebista é o principal adversário de Boulos na disputa.

Questionado pela imprensa hoje, o candidato do PSOL citou nota conjunta do Itamaraty com os governos do México e da Colômbia. No comunicado, os países pediram a divulgação dos dados por mesa de votação.

Mesmo citando o governo federal, a fala de Boulos se difere um pouco da declaração dada pelo presidente Lula (PT) sobre o tema. Na terça-feira (30), o petista disse que não houve "nada de grave" ou de "assustador" nas eleições venezuelanas. O presidente não reconheceu a vitória de Maduro e disse ser um "processo normal" o questionamento da oposição. "Tem uma briga, como vai resolver essa briga? Apresenta a ata", afirmou.

"É extremamente preocupante (a situação na Venezuela), até porque é absolutamente legítimo que setores demandem transparência, que setores demandem as atas em todos os processos eleitorais. Isso, inclusive, foi cobrado agora há pouco em uma nota conjunta do Itamaraty com o governo do México e com o governo da Colômbia. Meu posicionamento é esse. Eu defendo a democracia e a transparência aqui no Brasil e na Venezuela, independente de quem seja o partido."
Guilherme Boulos sobre eleições na Venezuela

Boulos anunciou plano de governo

Ao todo, foram anunciadas, 119 promessas para áreas como saúde, educação, mobilidade, caso seja eleito. Os candidatos à prefeitura têm de apresentar o plano de governo à Justiça Eleitoral até 15 de agosto.

Em seu discurso, Boulos comparou a atual administração municipal com o Titanic. "Indo no caminho errado, sem comando e agora, além de tudo, os mafiosos de plantão estão tocando o violino à espera do iceberg", disse o psolista.

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Documento exalta gestões do PT na capital paulista. A campanha de Boulos quer colar a imagem dele aos feitos positivos de Luiza Erundina (PSOL), Marta e Fernando Haddad (PT) na cidade.

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