Lideranças bolsonaristas avaliam abandonar Nunes após subida de Marçal

Políticos bolsonaristas avaliam deixar a campanha do candidato à reeleição em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), após o crescimento de Pablo Marçal (PRTB) nas últimas pesquisas eleitorais.

O que aconteceu

Vereadores e deputados estaduais de direita também se articulam para declarar apoio a Pablo Marçal (PRTB) nos próximos dias. O UOL apurou que decisão vem sendo estudada pelos parlamentares após o desempenho do empresário ter ameaçado a ida de Nunes para o segundo turno.

Vereadores bolsonaristas disseram ao UOL que a campanha de Nunes "acabou". Na Câmara Municipal de São Paulo, parlamentares de direita dizem que há "um sentimento de derrota iminente". A reportagem apurou ainda que há uma avaliação de que a campanha de Nunes demora a reagir diante dos últimos resultados das pesquisas.

Deputados e vereadores se preparam para assumir apoio a Marçal nas redes sociais. A presença de vereadores já não era significativa nas agendas de Nunes — após a divulgação das pesquisas Datafolha e Quaest, a percepção é a de que a presença deles se reduza ainda mais.

Materiais de campanha aparecem com a alterações. Parlamentares ouvidos pelo UOL dizem que os materiais de campanha em que Nunes aparece já foram "rasgados" ou têm adesivos de Marçal colados por cima.

Empate técnico triplo

Boulos tem 22% e Marçal e Nunes, 19% cada um. Como a margem de erro é de três pontos para mais ou para menos, os três estão tecnicamente empatados.

Veja a pesquisa completa:

  • Guilherme Boulos (PSOL): 22% (tinha 19%)
  • Pablo Marçal (PRTB): 19% (tinha 12%)
  • Ricardo Nunes (MDB): 19% (tinha 20%)
  • Datena (PSDB): 12% (tinha 19%)
  • Tabata Amaral (PSB): 8% (tinha 5%)
  • Marina Helena (Novo): 3% (tinha 3%)
  • Bebeto Haddad (DC): 2% (não apareceu na rodada anterior)
  • João Pimenta (PCO): 0% (tinha 0%)
  • Ricardo Senese (UP): 0% (tinha 1%)
  • Altino Prazeres (PSTU): 0% (tinha 1%)
  • Indecisos: 8% (eram 8%)
  • Branco/nulo/não vai votar: 7% (eram 9%)
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Marçal cresceu, e Datena caiu. Na rodada anterior, divulgada em 30 de julho, o empresário tinha 12%, sete pontos percentuais a menos; enquanto o apresentador tinha 19%, sete pontos percentuais a mais, empatado na primeira colocação. Os dois foram os únicos candidatos que tiveram variações além da margem de erro.

A pesquisa de julho incluía na lista de candidatos Kim Kataguiri (União) e Fernando Fantauzzi como candidato do DC. Entretanto, Fantauzzi tinha 0% das intenções, e Kim, 3% —que pode ser 0% no limite da margem de erro. Logo, é possível comparar com o levantamento atual.

Datena agora empata com Tabata Amaral (PSB) em seguida. No limite da margem, Marina Helena (Novo) e Bebeto Haddad (DC) empatam com Tabata, mas não com Datena. João Pimenta (PCO), Ricardo Senese (UP) e Altino Prazeres (PSTU) não pontuaram.

Boulos e Marçal empatariam em segundo turno; Nunes venceria ambos

A Quaest testou seis cenários de segundo turno. São eles:

  • Guilherme Boulos (PSOL): 38% x 38%: Pablo Marçal (PRTB)
  • Ricardo Nunes (MDB): 46% x 33%: Guilherme Boulos (PSOL)
  • Ricardo Nunes (MDB): 47% x 26%: Pablo Marçal (PRTB)
  • Datena (PSDB): 40% x 34%: Guilherme Boulos (PSOL)
  • Ricardo Nunes (MDB): 45% x 31%: Datena (PSDB)
  • Datena (PSDB): 40% x 34%: Pablo Marçal (PRTB)
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Contratada pela TV Globo, a Quaest ouviu 1.200 eleitores paulistanos entre os dias 25 e 27 de agosto. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. O registro no TSE é SP-08379/2024.

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