Ronilso: Marçal transformou um bloco do debate em estudo bíblico dominical
O candidato Pablo Marçal (PRTB) transformou um bloco inteiro do debate UOL/Folha em um estudo bíblico dominical, afirmou o colunista Ronilso Pacheco no UOL News desta segunda-feira (30).
São as estratégias de reta final. O público evangélico sempre esteve ali como fiel da balança importante, na mira de todo mundo. Seja de uma maneira sutil ou cotidiana, como a Tabata tenta fazer e faz bem. Ela não joga com essa narrativa, essa gramática. Seja das maneiras mais taxativas e provocativas, como Pablo Marçal fez hoje: transformou um bloco do debate em um concurso de estudo bíblico dominical.
Lembrei da minha infância, da gente ler a Bíblia toda, o pastor falar um versículo e a gente falar onde está. Isso é uma performance muito bem desenhada no sentido de confrontar o Ricardo Nunes como alguém que usa a gramática religiosa, se aproxima do campo religioso e dos evangélicos, aproximação das igrejas, mas que não tem conteúdo evangélico.
Isso é extremamente importante, porque o Pablo Marçal sempre se colocou como um evangélico que não usava a igreja como artimanha, um artifício ou ator político manipulado nesse jogo eleitoral. E Ricardo Nunes começa a correr atrás para poder fazer um movimento de virada com uma frequência maior, aproximação maior com lideranças evangélicas. Ronilso Pacheco, colunista do UOL
Para Ronilso, Marçal tenta mostrar que Nunes não é cristão o bastante para angariar votos dos evangélicos.
A despeito da aproximação de Ricardo Nunes com as lideranças evangélicas, a aposta de Marçal é que Nunes não é sincero, evangélico ou cristão suficiente, no sentido de ter familiaridade com aquilo que é mais caro para um cristão, que são as escrituras, que é a Bíblia. É uma característica do Pablo Marçal.
Ele vem disputando esse gap que existe entre o que a liderança de repente determina e tem mais influência, e um campo mais autônomo, sobretudo na juventude que trabalha a sua espiritualidade a partir do seu cotidiano, realidade e contexto. É uma estratégia clara de coagir o seu oponente, o Ricardo Nunes, no sentido de dizer que ele tem uma aproximação com as lideranças evangélicas, mas não tem uma verdadeira vivência cristã. Tanto que, em tese, não conhece a Bíblia suficiente. Ronilso Pacheco, colunista do UOL
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