Mais 3.000 crimes eleitorais foram registrados no 1º turno, diz ministério

O Ministério da Justiça e Segurança Pública registrou mais de 3.000 crimes eleitorais no Brasil durante o primeiro turno das eleições municipais, em 6 de outubro.

O que aconteceu

Foram registradas, em um único dia, 3.089 ocorrências criminais e 536 prisões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (11) em relatório do ministério.

Foram presos 23 candidatos. Além deles, 869 eleitores e 201 candidatos chegaram a ser conduzidos pelas forças de segurança, mas não foram detidos.

Em Roraima, dois candidatos a vereador foram presos por corrupção eleitoral. Um deles estava armado em ação que apreendeu R$ 80 mil e documentos com lista de possíveis eleitores. Em outra ação que prendeu uma candidata a vereadora, agentes confiscaram R$ 7.400, uma arma, munições e equipamentos eletrônicos. Ambos os casos ocorreram na capital, Boa Vista.

As ocorrências mais comuns foram boca de urna, compra de votos e propaganda irregular. Veja os números:

  • Boca de urna: 1.170
  • Compra de votos e corrupção eleitoral: 498
  • Propaganda eleitoral irregular: 384
  • Violação ou tentativa de violação do sigilo de voto: 269
  • Desobediência a ordens da Justiça Eleitoral: 83

Dinheiro apreendido no primeiro turno soma mais de R$ 600 mil. Também foram apreendidos no dia da votação 53 veículos por transporte irregular de eleitores e 56 armas de fogo, ainda segundo a pasta.

Desde agosto, o ministério mapeou mais de 4.500 crimes eleitorais. Na chamada "Operação Eleições 2024", o MJSP contabilizou 4.556 crimes eleitorais, 576 prisões e mais de R$ 22 milhões apreendidos.

Dados são resultado de operação coordenada pelo MJSP, em apoio à Justiça Eleitoral. A ação mobilizou equipes da PF (Polícia Federal), PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Força Nacional, além de representantes das secretarias de segurança dos 26 estados brasileiros. "A integração entre as forças teve como objetivo principal monitorar crimes eleitorais e demais ocorrências como forma de garantir a segurança e o livre exercício da democracia", divulgou o MJSP em nota.

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