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O que se sabe sobre a variante indiana do coronavírus?

Reprodução/Getty Images
Imagem: Reprodução/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

26/05/2021 12h53Atualizada em 28/05/2021 12h08

No final de maio, o Brasil identificou a variante indiana do novo coronavírus. Ela ainda é estudada por cientistas, mas já é considerada como mais transmissível.

Porém, ainda há dúvidas sobre algumas características da variante. Confira o que se sabe até agora sobre a variante indiana:

O que se sabe sobre a variante indiana

O que é a variante indiana?

A variante B.1617 do novo coronavírus, originada na Índia, tem capacidade de transmissão maior do que a cepa original do vírus, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Essa variante possui três versões, com pequenas diferenças: a B.1.617.1, a B.1.617.2 e a B.1.617.3.

Até o momento, foram detectadas quatro variantes do coronavírus: britânica (B.1.1.7), sul-africana (B.1.351), brasileira (P.1) e Índia (B.1.617).

A variante indiana já chegou ao Brasil?

Sim. O anúncio de que ela foi identificada pela primeira vez aconteceu em 20 de maio, no Maranhão. Seis tripulantes de um navio estrangeiro estavam com a linhagem B.1.617.2

Em 26 de maio, o estado de São Paulo também identificou a variante em um passageiro de avião que foi para o Rio. No dia seguinte, Minas Gerais também anunciou ter identificado um caso.

Quantos locais já detectaram a variante indiana?

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a variante indiana do coronavírus foi oficialmente detectada em 53 territórios pelo mundo, de acordo com atualização do último dia 26 de maio.

As vacinas que temos no Brasil protegem da variante indiana?

De acordo com um estudo do governo britânico, as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca são eficazes contra a variante indiana do vírus. Ainda não há informações sobre como a CoronaVac responde a essa mutação do vírus.

Por que a variante indiana preocupa tanto?

Os cientistas ainda não conseguiram identificar a velocidade de transmissão do vírus a partir da variante indiana. Também não está claro se ela tem relação com a piora de quadros de covid-19, com tratamento exigindo internação.

A variante também preocupa porque ela é a que mais tem se dispersado pelo mundo.

O que o Brasil tem feito para barrar a variante indiana?

O governo federal ainda tem discutido o tema. Em nota no dia 25 de maio, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) disse que discute com o Ministério da Saúde a ampliação de medidas para mitigação da circulação de novas variantes do coronavírus.

Segundo a agência, "discute-se o protocolo, que é iniciado pela Anvisa no aeroporto (área de passagem) e que deve ser continuado pelas Vigilâncias municipais e estaduais em todo o país". "Dentre os temas discutidos está a definição exata do local em que se realizará a quarentena das pessoas sujeitas à medida (caso dos brasileiros com histórico de viagem à Índia nos últimos 14 dias) e dos encaminhamentos a serem adotados em relação aos casos suspeitos identificados pela agência nos desembarques em aeroportos do Brasil."

No momento, viajantes estrangeiros procedentes ou com passagem por Reino Unido, Irlanda do Norte, África do Sul e Índia nos 14 dias anteriores ao embarque estão proibidos de ingressar no Brasil. Mas há exceções. Brasileiros e cônjuges de brasileiros, por exemplo, com origem ou histórico de passagem nesses países devem permanecer em quarentena por 14 dias ao chegar no Brasil.