A derrocada do Democratas

06/04/201213h26 > Atualizada 20/04/201216h08

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O ato institucional nº 2, de 27 de outubro de 1965, instituiu o bipartidarismo no Brasil e em 4 de abril do ano seguinte foi criada a Aliança Renovadora Nacional (Arena), um partido de apoio ao governo militar.

O Congresso Nacional decretou o fim do bipartidarismo, abrindo espaço para um sistema multipartidário. No dia 29 de novembro, a Arena deixou de existir.

Após disputas internas de grupos adversários do PDS, foi fundado em 25 de janeiro o Partido da Frente Liberal (PFL). PFL e PMDB lançaram Tancredo Neves (PMDB) e José Sarney (PFL) para presidente e vice-presidente contra o candidato do PDS, Paulo Maluf. Sarney assumiu a Presidência com a doença e a morte de Tancredo Neves.
Para suceder à Arena, foi fundado o Partido Democrático Social (PDS). O novo partido foi o principal destino dos apoiadores do regime militar. José Sarney foi seu primeiro presidente.
Principais governadores do PDS:
- Paulo Maluf,
  de São Paulo
- ACM,
  da Bahia
- Marco Maciel,
  de Pernambuco
- Jorge Bornhausen,
  de Santa Catarina
Tendo como principal apoio o PFL, Fernando Henrique foi reeleito presidente da República. Marco Maciel continuou como vice-presidente.

O PFL passa a se chamar Democratas em 28 de março em uma tentativa de renovação.

Aliança entre o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), o PFL e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) levou Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, à Presidência da República, tendo como vice o senador Marco Maciel, do PFL.

PFL decidiu lançar candidatura própria para a sucessão presidencial. Roseana Sarney chegou a ser apresentada como candidata do partido, mas a apreensão pela PF de grande quantidade de dinheiro na empresa Lunus, de seu marido Jorge Murad Júnior, inviabilizou a candidatura. Desconfiado da participação de quadros tucanos na investigação, PFL decidiu não apoiar a candidatura de José Serra.

Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, insatisfeito com o DEM, decide criar, junto com outros correligionários, o Partido Social Democrático (PSD). Sem êxito, o DEM recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral contra a criação da nova sigla.

Eleições municipais de 2008

Por conta do crescimento do PT no Nordeste durante o governo Lula e a falta de vitórias, o DEM perdeu força em seu reduto mais tradicional. Também pesou a falta de nomes capazes de vencer as eleições para governos estaduais em 2006, o que influencia nas disputas municipais dois anos depois: só conseguiu dar vitória a José Roberto Arruda (foto), no Distrito Federal. Em 2008, enquanto o PT cresceu de 410 para 558 administrações municipais, o Democratas caiu de 794 para 501.

Kassab deixa o DEM para criar o PSD

Com o apoio do governador tucano José Serra, o Democratas elege Gilberto Kassab prefeito de São Paulo. No entanto, o assédio do presidente Lula aproxima Kassab da base governista. Em 2011, o prefeito funda o Partido Social Democrático (PSD), com 49 deputados, dois senadores, dois governadores, seis vice-governadores e 270 prefeitos.

Governador sai do partido

Nas eleições de 2010, o partido elegeu dois governadores, Rosalba Ciarlini (RN) e Raimundo Colombo (SC), mas o último acabou deixando a sigla para se filiar ao PSD de Kassab.
Escândalos no DF

Em 2010, o Democratas teve sua posição fragilizada pelo escândalo que envolveu seu único governador, José Roberto Arruda, em um esquema de fraudes em licitações no Distrito Federal. Obrigado a deixar o cargo, ele era cotado a candidato a vice na chapa presidencial liderada por Serra.

Demóstenes Torres é investigado

Em 2012, seu maior expoente no Senado, Demóstenes Torres (GO), passou a ser investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de integrar um esquema de abastecimento do jogo ilegal em Goiás. Demóstenes era pré-candidato à prefeitura de Goiânia e potencial presidenciável em 2014. Era considerado o único político de exposição nacional do partido que não é de uma família de políticos tradicionais.