Ações da BP caíram mais de 40% desde início do vazamento de óleo
Desde o acidente com a "Deepwater Horizon", que afundou no Golfo do México em abril, causando o maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos, as ações da BP (British Petroleum), responsável pela plataforma, caíram mais de 40%, o que representa a desvalorização de cerca de US$ 73 bilhões no valor de mercado da empresa.
Segundo o jornal "The New York Times" desta quinta-feira (10), o escritório de advogados de Nova York Zwerling, Schachter & Zwerling divulgou um comunicado que indica que a BP não informou adequadamente aos seus acionistas sobre os recursos tecnológicos que mantinha na plataforma para poder responder a um possível acidente.
Por esse motivo, os investidores processam a companhia petrolífera por tê-los induzido ao erro sobre as medidas de segurança das que dispunham em suas operações no Golfo do México antes de ocorrer o vazamento de petróleo.
Segundo a BP, os esforços para conter o vazamento de óleo já custaram US$ 1,43 bilhão. O valor inclui os custos com contenção de vazamento, as subvenções aos Estados atingidos, além do pagamento de reclamações e custos federais aos Estados Unidos.
O acidente é o pior vazamento de petróleo na história dos EUA, superando o acidente de 1989 com o navio Exxon Valdez no Alasca. Os milhões de litros de óleo já derramados estão causando graves prejuízos ambientais e econômicos.
No mercado, seguem as preocupações sobre a capacidade da petrolífera custear os gastos no futuro, embora representantes da companhia venham afirmando que há recurso suficiente. Ontem, o custo de proteção contra um eventual "default" da dívida da empresa atingiu máxima recorde.
Os investidores ficaram ainda mais preocupados com as insinuações de que a BP não deve pagar dividendos até que terminem a limpeza do derramamento de óleo, mas a maioria dos acionistas rejeita a ideia de que a empresa não tem dinheiro suficiente para pagar os esforços.
A BP arrecadou mais de US$ 16 bilhões no ano passado e cerca de US$ 6 bilhões no primeiro trimestre de 2010. Em 2009, a empresa pagou cerca de US$ 10,5 bilhões em dividendos.
*Com informações de agências internacionais
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