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Buenos Aires cancela todos os voos devido a nuvem vulcânica; situação só deve voltar ao normal na noite de sexta

Do UOL Notícias

Em São Paulo

09/06/2011 17h10Atualizada em 09/06/2011 19h45

Localização do vulcão Puyehue

A Argentina cancelou todos os voos internacionais e domésticos programados para esta quinta-feira -- mais de 300 --  devido a uma nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue, segundo o jornal "Clarín".

O Serviço Meteorológico da Argentina informou que apenas na noite de sexta-feira as empresas aéreas devem encontrar condições favoráveis para voar, pois segundo a previsão, ventos fortes vão ajudar a dispersar a nuvem.

De acordo com a "Aeropuertos Argentina 2000", as empresas decidiram cancelar os voos por motivos de segurança. No aeroporto Ezeiza foram canceladas 43 chegadas e 52 partidas, enquanto no Aeroparque  foram 107 e 103, respectivamente.

Os dois aeroportos, de onde saem voos para as cidades brasileiras, entre elas Rio de Janeiro e São Paulo, informaram que todos os voos da TAM de quinta-feira foram cancelados e os da Gol deverão decolar somente à noite.

Além dos dois aeroportos que atendem Buenos Aires, sete outros regionais na Argentina foram fechados por conta da nuvem de cinzas vulcânicas. De acordo com as autoridades, os voos só serão liberados quando as condições de voo voltarem a ser seguras.

As empresas Aerolíneas Argentinas e Austral informaram por meio de um comunicado que "devido à permanência da nuvem vulcânica na área metropolitana, ficou decidido que os voos regionais e internacionais previstos para hoje seriam cancelados por motivos de segurança".

No entanto, a Aerolíneas confirmou três voos marcados para hoje (o 1384, com destino ao México; o 1302, para Miami; e 1160, para Barcelona).

A companhia aéreas TAM e a chilena LAN suspenderam todos os voos com destino e procedentes de todos os aeroportos de Buenos Aires e Montevidéu, de acordo com as empresas. A Gol também cancelou seus voos, mantendo apenas dois para esta noite, um com destino a Florianópolis (voo G3 7459) e outro para Santiago, no Chile (voo G3 7456).

De acordo com a Infraero, empresa que administra os aeroportos brasileiros, 48 voos internacionais foram cancelados em todo o país dos 132 previstos até as 17h, ou 36,4 por cento.

Segundo a Associação Nacional de Aviação Civil (Anac) da Argentina os voos para os principais aeroportos do sul do país, a chamada Patagônia, só deverão ser normalizados a partir do dia 21 de junho. Bariloche, cidade muito procurada por turistas brasileiros nesta época do ano, segue quase isolada -- o acesso só é feito, com dificuldade, por terra.

A situação continuava critica nas localidades de San Martín de los Andes e Villa Angostura, também na Patagônia argentina e próximas do vulcão chileno.

Passageiros podem entrar em contato com as cias aéreas pelos telefones:

TAM
Brasil: 4002-5700 (capitais) e 0800-570-5700 (demais localidades); Argentina: 0 810 333 3333; Chile: 56 2 6767 900 e Uruguai: 000 4019 0223
Gol
0300-115-2121 (Brasil), 0810-266-3232 (Argentina) e 5098-2403-8007 (Uruguai)

As aulas continuam suspensas, e os serviços, limitados nestes locais. Em Villa Angostura, autoridades locais recomendaram que os moradores e turistas não saiam de casa. Muitos estão sem aquecimento.

Casas e hotéis estão cobertos de cinzas, e teme-se que o peso danifique os tetos. O comitê de emergência criado na Argentina para lidar com o problema emite um boletim a cada seis horas sobre a situação dos voos e do clima.

O aeroporto uruguaio de Carrasco, em Montevidéu, também voltou a operar com irregularidades, e vários voos das companhias aéreas Pluna e Aerolineas Argentinas, entre outras, foram suspensos, inclusive o voo do presidente uruguaio, José Mujica, que cancelou a viagem surpresa que faria hoje a Buenos Aires.

A mesma irregularidade era registrada no aeroporto Silvio Pettirossi, na capital do Paraguai, Assunção. Em Santiago, no Chile, os voos foram suspensos para Buenos Aires por causa dos cancelamentos nos aeroportos da capital argentina.