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Ban Ki-moon diz que crise na Síria é "calamidade regional" que afeta a segurança mundial

Ban Ki-moon, secretário-Geral das Nações, com a presidente Dilma Rousseff e Emerson Fittipaldi, antes do início da sessão  - Roberto Stuckert Filho/PR
Ban Ki-moon, secretário-Geral das Nações, com a presidente Dilma Rousseff e Emerson Fittipaldi, antes do início da sessão Imagem: Roberto Stuckert Filho/PR

Do UOL, em São Paulo

25/09/2012 10h52Atualizada em 25/09/2012 10h54

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu a sessão da 67ª Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (25) fazendo um apelo aos líderes internacionais para que “caminhem juntos para um bem comum” e classificou a situação na Síria como uma "calamidade" que afeta a segurança em todo o mundo. 

O secretário-geral declarou que a "crise na Síria não se limita mais à Síria. É uma calamidade regional com ramificações globais" e que oferece "uma séria e crescente ameaça à paz internacional que exige ação do Conselho de Segurança".

"É nosso dever dar sentido concreto à responsabilidade de proteger", disse o secretário.

O conflito que já dura 18 meses no país matou mais de 20 mil pessoas segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

“Precisamos parar com a violência”, completou o secretário-geral da ONU, que ainda fez um apelo para que os países da região se envolvam na questão e ajudem o enviado à Síria, Lakhdar Brahimi.

Em seu primeiro relato ao Conselho de Segurança desde que assumiu o posto de mediador da ONU e da Liga Árabe, Brahimi afirmou que a situação na Síria é extremamente grave e está piorando.

Ele acrescentou que não há qualquer expectativa de avançar na resolução do conflito. "A situação está muito difícil e chegamos a um impasse", declarou o mediador ao Conselho de Segurança na véspera da Assembleia Geral.

Brahimi assumiu o posto de enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria no início de setembro, sucedendo o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, que fracassou com seu plano de cessar-fogo e tentativa de diálogo entre governo e oposição sírias.