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Castro deixava reféns com fome como forma de tortura no cativeiro

Do UOL, em São Paulo

15/05/2013 09h21

As três mulheres mantidas reféns por cerca de uma década em uma casa em Cleveland, nos Estados Unidos, passaram fome no cativeiro, revelaram fontes ouvidas pela agência Reuters.

Para torturar as três jovens, Castro racionava a comida da casa. Muitas vezes, ele alimentava apenas uma das reféns e deixava as outras apenas observando a companheira de cativeiro comer.  Por isso, as ex-reféns foram encontradas desnutridas.

Além da recuperação psicológica, duas das três mulheres mantidas reféns também terão de passar por um longo período de fisioterapia para tratar lesões físicas.

Uma delas, Gina DeJesus, 23, segundo duas fontes ouvidas pela agência Reuters, tem muita dificuldade em mover a cabeça, já que ficou acorrentada por longos períodos.

Já Michelle Knight, 32,  sofreu perda de audição e teve sérias lesões no rosto após ter sido constantemente agredida por seu sequestrador, Ariel Castro.

De acordo com as pessoas ouvidas pela Reuters, o porão onde as mulheres eram mantidas reféns tinha correntes presas na parede e coleiras de cachorro. As mulheres ficavam presas e muitas vezes eram amarradas, amordaçadas e vendadas com fita adesiva.

?Era como se elas fossem prisioneiras de guerra. Elas sofrem com dores por ficarem muito tempo na mesma posição?, disse a fonte.

Aparentemente, Amanda Berry, 27, que teve uma filha com o sequestrador durante o período de cativeiro, era tratada de maneira um pouco melhor do que as outras duas reféns.

?É por isso que, após a libertação, só existem fotos de Amanda?, afirmou uma das fontes.

Segundo as duas fontes, que concordaram em revelar detalhes do cativeiro sob condição de anonimato, Castro costumava deixar Michelle e Gina no porão e Amanda em um quarto na parte de cima da casa.

As duas pessoas ouvidas pela Reuters tem ligação com a investigação e só decidiram falar porque, segundo elas, há a impressão errada de que as autoridades ignoraram chances de libertar as jovens durante o período em que ficaram sequestradas. (Com Reuters)

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