Após confrontos com mortes, Egito declara estado de emergência e toque de recolher
O governo do Egito anunciou estado de emergência por um mês após os confrontos entre forças de segurança e islamitas que deixaram ao menos 149 mortos nesta quara-feira (14), segundo informações oficiais. Com a medida, fica imposto o toque de recolher das 19h às 6h.
O anúncio feito na TV estatal, e o estado de emergência começa às 16h locais (11h em Brasília). A presidência pediu ao Exército que ajude o Ministério do Interior a reforçar a segurança no país.
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O Ministério da Saúde do Egito afirma que 149 pessoas morreram e mais de 1.400 ficaram feridas durante e após a operação policial para desmantelar os acampamentos dos seguidores do presidente deposto Mohammed Mursi, que pedem sua volta ao poder.
Já Irmandade Muçulmana, grupo ao qual Mursi é filiado, chegou a afirmar que a ofensiva deixou ao menos 250 mortos. Os manifestantes, por outro lado, relatam até 2.200 mortos e mais de 10 mil feridos.
Mohamed El Baradei, vice-presidente interino do Egito e prêmio Nobel da Paz, anunciou sua renúncia ao cargo. Em carta enviada ao presidente interino Adly Mansour, El Baradei falou em "derramamento de sangue".
"Para mim é dificil continuar a assumir a responsabilidade de tomar decisões com as quais não estou de acordo e cujas consequências eu temo. Não posso carregar a responsabilidade por um derramamento de sangue", ecreveu.
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