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Trem com vítimas do MH17 chegou com menos corpos, diz Holanda

Do UOL, em São Paulo

22/07/2014 14h22Atualizada em 22/07/2014 15h04

O trem levando os restos das vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines chegou à cidade de Kharkiv, na Ucrânia, com menos corpos do que o previsto, afirmaram nesta terça-feira (22) autoridades holandesas.

Rebeldes separatistas haviam dito que o trem levava 282 corpos, mas apenas 200 teriam chegado ao destino.

O chefe da equipe de peritos da Holanda, Jain Tuinder, afirmou que os investigadores terão de retornar ao local do acidente para realizar mais buscas.

"Não iremos embora até que cada resto mortal tenha deixado esse país, então teremos de ir lá e barganhar novamente com as pessoas [separatistas]", afirmou. 

O voo MH17 levava 298 pessoas, a maioria holandeses, quando foi derrubado por um míssil em uma área controlada por rebeldes separatistas russos, no leste da Ucrânia.

O trem, acompanhado por 16 representantes de Holanda, Malásia e da OSCE, saiu nesta madrugada de Donetsk, cidade controlada pelos separatistas pró-russos. Além de 282 cadáveras, haveria 87 fragmentos de corpos.

Os rebeldes haviam recolhido os corpos, espalhados em um raio de 15 km, e os puseram em trens frigoríficos. Um acordo com autoridades da Malásia e da Ucrânia determinou que tanto esses corpos quanto as caixas-pretas da aeronave fossem entregues.

Em nota, peritos da Interpol afirmaram que serão feitos exames preliminares nos corpos antes que eles sejam transportados para a Holanda. A previsão é que o traslado de Kharkiv para Eindhove comece nesta quarta (23).

De lá, serão levados a uma instalação na cidade de Hilversum para identificação -- um trabalho que deve durar meses.

Monitores internacionais, por sua vez, afirmaram que partes dos destroços da aeronave foram mexidos e cortados em pedaços, o que pode interferir com as investigações sobre as causas do acidente, ocorrido no último dia 17.

O Ocidente acredita que os separatistas derrubaram o avião usando um míssil fornecido pela Rússia. Tanto os rebeldes quanto o governo russo negam. (Com agências internacionais)