Soldado e atirador morrem após tiroteio em Ottawa; cidade está isolada
O soldado atingido em um tiroteio no Memorial de Guerra Canadense, em Ottawa, morreu, e um guarda de prédios nas proximidades do Parlamento foi ferido, disse o ministro-chefe de gabinete do Canadá Jason Kenney nesta quarta-feira (22).
Um dos atiradores também morreu, segundo informou a emissora americana "CNN". Não foram divulgadas informações sobre a identidade dele.
"Condolências à família do soldado morto, e orações ao guarda ferido. O Canadá não será aterrorizado ou intimidado", afirmou Kenney, um dos ministros mais poderosos do premiê Stephen Harper, no Twitter.
Segundo a agência Ansa, uma terceira pessoa está ferida, mas em estado estável. Não há informações se o ataque teve mais vítimas.
Vídeo mostra disparos de tiros dentro do Parlamento
Segundo a "CNN", autoridades canadenses pediram ajuda para o governo dos Estados Unidos e para o FBI para investigar um dos suspeitos.
O Parlamento do Canadá está fechado desde a manhã desta quarta após um integrante da guarda canadense ter sido baleado no Memorial Nacional de Guerra. A polícia da capital canadense confirmou que, no total, três ocorrências envolvendo tiroteios foram registradas hoje na cidade: no Memorial Nacional de Guerra, no Parlamento e no centro comercial Rideau, também na região central.
De acordo com testemunhas, ao menos 20 tiros foram disparados dentro do Parlamento.
Um porta-voz da polícia de Ottawa afirmou, segundo a BBC, que ninguém foi detido até o momento. Segundo a agência AFP, o ataque foi conduzido por um grupo de um até três atiradores.
Marc Soucy, do serviço policial de Ottawa, afirmou que havia "numerosos atiradores" no memorial, na manhã de hoje, e que as autoridades trabalhavam para identificar se eles eram dois ou três.
Alerta terrorista O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, que se encontrava no Parlamento no momento do tiroteio foi retirado em segurança do local, segundo indicou em seu Twitter seu porta-voz, Jason McDonald. Por sua vez, os líderes da oposição, Thomas Mulcair do NPD (esquerda) e Justin Trudeau, do Partido Liberal, foram levados para locais seguros.
Os habitantes do centro de Ottawa foram instruídos a ficar longe das janelas, pois, de acordo com a Gendarmerie Real (Polícia Federal) do Canadá, um dos agressores estaria "provavelmente" no telhado do Parlamento. Atiradores de elite foram vistos nos telhados próximos, especialmente no Museu de Belas Artes. As bases militares foram fechadas e os soldados foram obrigadas a permanecer reclusos sem uniforme, segundo a imprensa.
As autoridades já haviam aumentado na terça-feira o nível de alerta terrorista de baixo para médio, pela primeira vez desde 2010. Além disso, as forças aéreas do país e dos Estados Unidos foram colocadas em estado de alerta para "ser capazes de responder rapidamente" a qualquer incidente que possa ocorrer no espaço aéreo, segundo um funcionário americano que pediu anonimato.
Este incidente acontece dois dias depois de um homem ser morto após atropelar dois soldados canadenses em um supermercado 40 km ao sudeste de Montreal, segundo a polícia, que informou que o agressor tinha contatos com grupos extremistas. O rapaz lançou seu carro contra os militares no estacionamento de um supermercado na cidade de Saint-Jean sur Richilieu, em Québec. Ele fugiu em seguida. Alguns quilômetros adiante, o agressor perdeu o controle do veículo e caiu em uma vala. O incidente aconteceu antes do meio-dia (horário local).
Uma testemunha contou que o motorista levava uma faca e ameaçou os policiais antes de sair do carro. Os agentes atiraram várias vezes no suspeito, que morreu. O indivíduo, de 25 anos, tinha antecedentes e, segundo um boletim de Inteligência, estava em contato com grupos radicais Em um comunicado, a polícia relatou que o suspeito foi alvo de investigação das "autoridades federais, incluindo nossa equipe de Investigações de Segurança Nacional Integrada em Montreal".
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