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Nações anunciam acordo histórico que impede que Irã tenha armas nucleares

Da esquerda para a direita, o ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Laurent Fabius, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, União a Alta Representante da União Europeia, Federica Mogherini, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, e o chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi, posam para foto antes de reunião final em Viena, na Áustria. Depois de 18 dias de intensa negociação, diplomatas declararam que as potências mundiais e o Irã fecharam um acordo para conter o programa nuclear da República Islâmica em troca de bilhões de dólares em alívio de sanções internacionais - Joe Klamar/AP
Da esquerda para a direita, o ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Laurent Fabius, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, União a Alta Representante da União Europeia, Federica Mogherini, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, e o chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi, posam para foto antes de reunião final em Viena, na Áustria. Depois de 18 dias de intensa negociação, diplomatas declararam que as potências mundiais e o Irã fecharam um acordo para conter o programa nuclear da República Islâmica em troca de bilhões de dólares em alívio de sanções internacionais Imagem: Joe Klamar/AP

Do UOL, em São Paulo

14/07/2015 08h15

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, anunciou nesta terça-feira (14) que as negociações foram concluídas e que foi alcançado um acordo nuclear para assegurar que o Irã não fabrique armas nucleares.

"Feito. Temos o acordo", indicou a diplomata italiana através da rede social Twitter.

Mogherini confirmou assim o entendimento, após quase dois anos de negociações, que limitará o programa atômico iraniano e impedirá que o país possa produzir armas, ao mesmo tempo que serão levantadas as sanções que estrangulam a economia desse país.

O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, assegurou, por sua vez, que o acordo é "histórico", além de destacar que "limita as capacidades nucleares do Irã" e que "permite que a República Islâmica se reintegre na comunidade internacional".

Além disso, Fabius explicou perante a imprensa que, segundo as condições do acordo, durante dez anos o Irã necessitará de, pelo menos, 12 meses para acumular o material necessário para uma arma nuclear.

Nos cinco seguinte anos, esse período seguirá sendo "importante", disse Fabius.

E após esses 15 anos, assegurou o ministro francês, o Irã será aplicado no chamado "protocolo adicional" do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que permite inspeções da ONU sem limites e avisos prévios nesse país.

Por outro lado, Fabius explicou que as sanções contra o Irã serão levantadas "passo a passo" e que as partes do acordo seguirão estando sempre "atentas" para que o dinheiro que Teerã obter não acabe financiando atividades terroristas.

Contudo, o francês destacou que a reintegração do Irã na comunidade internacional permitirá às empresas de seu país fazer negócios.

Quanto à resolução do Conselho de Segurança da ONU que deve respaldar este acordo, Fabius antecipou que será aprovada nos "próximos dias" em Nova York.

Sobre o levantamento do embargo de armas convencionais, o chefe da diplomacia francesa disse que o acordo contempla prolongar essa medida durante cinco anos mais.

Finalmente, sobre as inspeções da agência nuclear da ONU perante as possíveis dimensões militares do programa atômico iraniano, Fabius assegurou que o pacto prevê "um processo crível" que permitirá aos inspetores fazer seu trabalho no Irã. (Com agências internacionais)