Obama diz que os EUA estão se tornando "insensíveis a massacres"
O presidente dos EUA, Barack Obama, voltou a criticar nesta quinta-feira (1º) a atual legislação americana para armas em seu pronunciamento sobre o ataque que deixou 13 mortos em uma universidade no Estado de Oregon, na costa oeste dos EUA. "Eu já disse há alguns meses, e digo toda vez em que esses massacres acontecem: nossos pensamentos e orações não são suficientes. Isso não é nada para prevenir este tipo de matança nos EUA --na semana que vem ou daqui a uns meses", disse Obama. Para o presidente, o país está se tornando insensível a rotina de tiroteios.
Ainda há poucos detalhes sobre o incidente no campus da Universidade Comunitária Umpqa, na cidade de Roseburg, no Oregon. Sabe-se apenas, por informações da polícia e do governo estadual, que um homem de 20 anos abriu fogo, matando 13 pessoas, segundo dados da Procuradoria, e que 20 pessoas teriam ficado feridas. Ele foi morto em uma troca de tiros com policiais. Os primeiros relatos da polícia citaram pelo menos 15 mortos e outros 20 feridos. O xerife de Douglas County, John Hanlin, confirmou dez mortos e sete feridos.
Este foi o 15º pronunciamento de Obama sobre massacres desde que ele assumiu a Presidência. Ele ainda criticou o Congresso americano por impedir o governo de estudar meios de prevenir mortes por armas de fogo. "Temos um Congresso que explicitamente nos impede de coletar dados que poderiam reduzir as mortes por armas."
"É justo dizer que qualquer pessoa que comete este tipo de ataque tem uma mente doente, independentemente de qual seja a sua motivação. Mas nós não somos o único país na Terra que tem pessoas com estas doenças mentais ou que querem fazer mal para outras pessoas. Somos o único país no planeta que vê esse tipo de massacre todos os meses", disse Obama.
Obama, que luta por leis mais rígidas para armas de fogo, previu que seus opositores o acusarão de "politizar" a tragédia. "Isto é algo que deveríamos politizar, é relevante para a nossa vida em comum, para a política", afirmou. Segundo ele, se o país torna as estradas mais seguras após acidentes, deveria fazer o mesmo e agir para decretar a legislação para armamentos como algo de "senso comum".
"Precisamos fazer algo sobre isso, mas precisaremos mudar a legislação", afirmou. "Teremos que responder às famílias que perdem entes queridos por nossa falta de ação". (Com agências internacionais)
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