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Dirigível militar dos EUA faz voo desgovernado por mais de duas horas

balão - Jimmy May/Bloomsburg Press Enterprise via AP - Jimmy May/Bloomsburg Press Enterprise via AP
Imagem: Jimmy May/Bloomsburg Press Enterprise via AP

Do UOL, em São Paulo

28/10/2015 19h29Atualizada em 28/10/2015 21h41

O Exército americano perdeu nesta quarta-feira (28) um dirigível militar que levava equipamentos de última geração. Ele estava estacionado no Estado de Maryland quando se soltou de suas amarras e voou sem rumo pelo território americano trazendo o seu cabo de 3.000 metros e cortando o fornecimento de energia para milhares de pessoas.

Os militares dos Estados Unidos enviaram dois jatos F-16 para a observação, ao mesmo tempo em que o balão entrava em espaço aéreo civil, depois de se soltar um pouco depois do meio-dia da sua estação, uma instalação militar ao noroeste de Baltimore.

O comando norte-americano de Defesa Aeroespacial afirmou que o artefato se soltou do campo de provas de Aberdeen, em Maryland, por volta das 12h30 (hora local) e chegou a alcançar 4.900 metros de altura (16 mil pés). A polícia da Pensilvânia confirmou que ele desceu no Estado.  Uma equipe militar foi enviada ao local para recuperar o aparato.

O dirigível desceu em duas partes. Primeiro, a cauda do balão se soltou e veio para o chão, "sem relatos de novos danos e vítimas", disse o capitão Scott Miller. O resto do balão também desceu na mesma região, segundo ele.

Autoridades do Estado disseram ainda ter recebido dezenas de telefonemas alertando para a passagem do dirigível desgovernado, que chegou a arrancar cabos elétricos em sua passagem. Uma empresa de eletricidade confirmou que 20 mil clientes ficaram sem energia.

Este tipo de dirigível é usado normalmente em operações de vigilância no Iraque e no Afeganistão, para monitorar os arredores de bases militares e outras instalações americanas. Segundo a imprensa americana, os equipamentos do dirigível desgovernado estariam avaliados em US$ 2,7 bilhões.  Sua função é detectar mísseis de frotas, aviões e drones inimigos, mas também de navios.

O ex-técnico da CIA (agência de inteligência americana) e da Agência da Segurança Nacional (NSA, sigla em inglês), Edward Snowden, aproveitou o incidente para fazer piada com o equipamento sem controle. "Lembram do dirigível gigante de vigilância de US$ 2,7 bi? Algo deu errado e ele está à solta", disse. (Com agências internacionais)