Tudo por uma selfie: refém faz foto ao lado de sequestrador de avião
O evento por si só já era inusitado o suficiente: o passageiro de um avião rapta um voo da EgyptAir entre Alexandria e a cidade do Cairo (Egito), com 62 pessoas a bordo, para ir até Larnaca, no Chipre, onde estava sua ex-mulher, e entregar a ela uma carta.
Tirando a tensão e o susto, deu tudo certo após as cinco horas de sequestro, com a prisão do homem, o egípcio Seif Eldin Mustafa, e a liberação de todos os passageiros e tripulantes retidos por ele.
Mas, eis que, logo depois da confusão, uma entrevista deixa esta história ainda mais esdrúxula: antes de ser solto pelo sequestrador, um dos passageiros pediu para ser fotografado ao lado dele, e com um baita sorriso no rosto.
O britânico Ben Innes, 26, revelou seus motivos e a foto ao jornal inglês “The Sun”.
“Eu pensei que, se a bomba fosse real, eu não teria nada a perder mesmo”, afirmou o jovem.
Ao anunciar o sequestro, o egípcio Mustafa mostrou na cintura o que dizia ser um cinto com explosivos. Na realidade, não passava de uma gambiarra imitando artefatos usados por terroristas, mas o passageiro Innes quis “dar uma olhada mais de perto”.
“Eu pedi a um dos tripulantes que traduzisse para mim e perguntei a ele [o sequestrador] se eu podia fazer uma selfie com ele. Ele fez um OK com os ombros, então fiquei ao seu lado e sorri para a câmera enquanto a comissária de bordo fazia a foto. Deve ser a melhor selfie de todas”, disse Innes ao jornal.
Suspeitando que os explosivos eram falsos, o passageiro voltou para seu assento e pensou no que poderia fazer em seguida. Decidiu, então, enviar uma mensagem para sua mãe e a foto aos amigos, se gabando do feito.
“Pensei: por que não? Se ele explodir tudo, não vai fazer diferença, de qualquer jeito.”
No fim das contas, todos saíram ilesos, Mustafa foi preso, Innes teve seu momento de fama (e muitas críticas por colocar em risco a vida dos outros reféns), mas ninguém contou até agora se a carta chegou a seu destino e o que nela estava escrito.
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