Bélgica aprova extradição de Salah Abdeslam para França
A Bélgica aprovou nesta quinta-feira (31) a extradição para a França de Salah Abdeslam, o único suspeito de terrorismo remanescente dos atentados de novembro de 2015 em Paris.
Abdeslam foi preso em uma ação antiterrorismo no último dia 18, no distrito de Molenbeek, próximo à capital belga, Bruxelas. Ele estava foragido desde os atentados parisienses.
Em audiência no último dia 24, seu advogado, Sven Mary, havia dito que Abdeslam não iria impedir sua extradição, mas que gostaria de ir "o mais rápido possível" para Paris para assim poder "explicar por ele mesmo o que ocorreu".
"Salah Abdeslam deseja ser transferido para as autoridades francesas", disse o advogado Cedric Moisse a repórteres, hoje, mais cedo. "Ele deseja cooperar com as autoridades francesas."
Após ser preso em 18 de março, quatro meses após os ataques a Paris com 130 mortos, Abdeslam respondeu a algumas perguntas dos investigadores belgas, mas depois exerceu o direito ao silêncio, a partir dos ataques suicidas de 22 de março em Bruxelas.
Abdeslam era apontado como suspeito de liderar ou integrar um dos comboios de terroristas que provocaram os atentados parisienses, mas que teria desistido de agir.
As autoridades belgas e francesas agora devem chegar a um acordo sobre como dar prosseguimento ao processo de extradição, segundo a procuradoria federal belga.
No entanto, pode levar semanas até que seja realizada a transferência de Abdeslam porque ainda é preciso saber se ele teve ligação com os ataques em Bruxelas.
"Como Salah Abdeslam declarou que concorda em ser transferido para a França, um magistrado federal recebeu hoje sua declaração formal. A transferência é possível", disse a procuradoria.
Levantou-se a hipótese de que, na Bélgica, os atentados no aeroporto e em uma estação de metrô da capital foram realizados em retaliação à prisão de Abdeslam, mantido em um presídio de segurança máxima no país.
Tanto em Paris quanto em Bruxelas, os ataques foram reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico, e os investigadores acreditam que tenham sido realizados por militantes de uma mesma rede ligada ao EI. (Com agências internacionais e a BBC)
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