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Suspeito de ataque nos EUA tinha licença para armas e bateu na ex-mulher

Do UOL*, em Brasília

12/06/2016 15h52

O homem identificado como sendo o suspeito pelo ataque que deixou ao menos 50 mortos em uma boate gay de Orlando (EUA) tinha licença para portar as duas armas de fogo que usou no ataque --um fuzil AR-15 e um revólver. Além disso, ele já tinha sido acusado de agressão a ex-mulher por um parente dela.

O suspeito foi identificado como Omar Saddiqui Mateen, 29, nascido em Nova York, segundo o FBI (agência de inteligência norte-americana), que comanda as investigações.

O atirador trabalhava como segurança particular e era filho de imigrantes afegãos, segundo a Reuters. O FBI informou que Mateen era investigado por suspeita de ser simpatizante do grupo terrorista Estado Islâmico. Mateen ligou para o 911 pouco antes do massacre para expressar sua lealdade ao grupo extremista.

Familiares do atirador entrevistados pela imprensa rejeitam essa versão, afirmando que Mateen não era muito religioso, mas era homofóbico e batia, com frequência, na ex-mulher.

Atirador tinha 'ódio de gays', segundo pai

O pai de Omar afirmou em entrevista à emissora "NBC News" que seu filho seu filho costumava expressar "ódio" aos gays. "A questão religiosa não tem nada a ver com isso. Ele viu dois homens se beijando em Miami há alguns meses e ficou muito irritado. Estamos chocados como o resto dos EUA", disse Mir Sediqque, o pai do atirador.

Mateen tinha duas licenças de armas de fogo e uma autorização para ser agente de segurança, segundo o banco de dados do Estado da Flórida. As licenças iriam expirar em setembro de 2017.

Em entrevista ao jornal “The Washington Post”, a ex-mulher de Omar afirmou que ele era violento, “instável” e teria batido nela.

“Ele me batia. Ele chegava em casa e começava a me bater porque as roupas ainda não estavam lavadas ou algo desse tipo”, afirmou a ex-mulher. Eles se casaram em março de 2009, mas a união durou apenas alguns meses, segundo a ex-mulher de Omar, que não quis divulgar seu nome. 

Como foi o ataque

Armado com um fuzil e uma pistola, o atirador entrou em uma boate gay e atirou contra os frequentadores de clube noturno por volta das 3h (horário de Brasília). Por volta das 6h (horário de Brasília), uma equipe de elite da polícia invadiu o clube e matou o atirador.

O incidente deixou, ao menos, 50 mortos. O número pode crescer pois outras 53 pessoas ficaram feridas. 

O ataque foi classificado como "incidente terrorista", embora as investigações ainda precisem determinar se foi um ato isolado ou se teve envolvimento de grupos organizados.

Segundo informou a CNN, ainda não foi identificada ligação entre o ataque e a atuação do Estado Islâmico ou indícios de que Mateen estivesse planejando um atentado.

* Com informações da Agência Brasil e Reuters