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Putin diz que retomada de Aleppo é "passo importante"; confrontos fazem novas vítimas na Síria

Do UOL, em São Paulo*

23/12/2016 09h03

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (23) que a reconquista total da cidade de Aleppo pelo exército sírio, anunciada na quinta-feira (22), é um "passo muito importante" para a solução do conflito na Síria.

"A libertação de Aleppo dos elementos radicais é um passo muito importante para a normalização completa (da situação) na Síria e, espero, no conjunto da região", declarou Putin, citado pelas agências russas, em uma reunião com o ministro da Defesa do país, Serguei Shoigu.

Apesar da conquista de Aleppo, regiões da Síria seguem em conflito, fazendo novas vítimas.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, ao menos 88 civis morreram nas últimas 24 horas em bombardeios da Turquia contra um reduto do grupo Estado Islâmico na região norte da Síria.

Vários ataques aéreos atingiram a cidade de Al-Bab na quinta-feira e mataram 72 civis, incluindo 21 crianças, de acordo com a ONG. Os bombardeios prosseguiram nesta sexta-feira e mataram outros 16 civis, incluindo três crianças.

"Oitenta e oito civis morreram em 24 horas", disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, ao destacar que este foi o ataque mais violento das forças turcas na Síria desde o início de sua intervenção no fim de agosto.

A ONG explicou que determina a procedência dos aviões em função do modelo da aeronave, da localização, as pautas de voo e o tipo de munição utilizada.

As forças turcas e aliados rebeldes sírios tentam há várias semanas assumir o controle da cidade de Al-Bab, que fica a 25 quilômetros da fronteira norte da Síria.

Na quinta-feira, o EI divulgou um vídeo no qual supostamente mostrava dois soldados turcos queimados vivos, depois que o governo de Ancara prometeu responder pela morte de 16 soldados do país em confrontos com o grupo extremista.

As tropas turcas entraram na Síria em 24 de agosto para apoiar os rebeldes sírios pró-Ancara, com o objetivo de expulsar o EI e a milícia curda desta região.

Apesar dos bombardeios frequentes das forças turcas na Síria, as autoridades do país insistem que fazem todo o possível para evitar vítimas civis.

*Com AFP, Reuters e Ansa, em Moscou (Rússia) e Beirute (Líbano)