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PF faz ação contra ramificação brasileira de quadrilha de coiotes

Imigrantes brasileiros tentam entrar ilegalmente nos EUA pela rota das Bahamas com a ajuda de coiotes - Fabiano Silva/Folhapress
Imigrantes brasileiros tentam entrar ilegalmente nos EUA pela rota das Bahamas com a ajuda de coiotes Imagem: Fabiano Silva/Folhapress

Do UOL, no Rio e Belo Horizonte

13/01/2017 08h54Atualizada em 13/01/2017 15h22

A Polícia Federal em Rondônia realiza nesta sexta-feira (13) uma operação para desarticular a ramificação brasileira de uma quadrilha internacional de coiotes --intermediários que acertam trajetos clandestinos para entrada nos Estados Unidos. Os agentes cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em Rondônia, Santa Catarina e Minas Gerais.

A ação, batizada "Piratas do Caribe", teve início com uma investigação sobre o desaparecimento de um brasileiro que teria tentado entrar ilegalmente em solo americano com auxílio de coiotes que cobravam quantias de até R$ 60.000 para intermediar o transporte ilegal via Bahamas.

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Imagem: Arte UOL

Ação em Governador Valadares (MG)

A PF (Polícia Federal) prendeu duas pessoas e cumpriu três mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (12) em Governador Valadares (MG) na operação Piratas do Caribe.

Segundo o delegado da PF no município, Pedro Carneiro Mendes, as duas pessoas foram presas por volta de 6h em suas casas e, os mandatos de busca e apreensão, realizados em três locais, foram cumpridos. A operação em Governador Valadares, município que se tornou célebre por exportar mão-de-obra para os EUA, e que teve a participação de onze policiais, foi encerrada por volta de 9h30.

Os presos estão na delegacia da PF de Governador Valadares.

Brasileiros desaparecidos

Segundo a PF, além da prisão dos suspeitos, os 30 policiais que participam das diligências buscam elementos que indiquem onde se encontram os 12 brasileiros que desapareceram em novembro do ano passado na região das Bahamas. O grupo tentava chegar aos EUA por intermédio de coiotes.

Antes de deixar o Brasil, os imigrantes ficavam em alguma cidade com "aeroporto internacional de fácil acesso", disse a Polícia Federal, aguardando a ordem de embarque para as Bahamas. O chamado ocorria quando um determinado agente de imigração daquele país facilitava a entrada dos brasileiros.

Uma vez nas Bahamas, os imigrantes aguardavam por vários dias para embarcar para os Estados Unidos de barco.

Além de todos os conhecidos riscos que envolvem a imigração ilegal para outros países, os coiotes escondiam os "reais perigos envolvidos na travessia" como a passagem pela região do Triângulo da Bermudas, famosa pelo alto índice de tempestades, naufrágios e desaparecimento de embarcações e aeronaves. (Colaborou Carlos Eduardo Cherem, em Belo Horizonte)