Sob pressão, Trump condena antissemitismo nos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (21) que o antissemitismo é algo "horrível" que "tem que acabar", ao condenar as recentes ameaças contra centros judaicos em todo o país.
"O antissemitismo é horrível. E vai acabar, tem de acabar", disse Trump em entrevista à emissora NBC após percorrer o Museu de História e Cultura Afro-Americana, inaugurado em setembro passado.
Ao finalizar sua visita ao museu, Trump ofereceu uma breve declaração à imprensa na qual afirmou que as ameaças contra centros judaicos de todo o país são "dolorosas" e uma lembrança de todo o trabalho pendente para "erradicar o ódio".
De acordo com a JCC Association of North America, uma organização da comunidade judaica dos EUA, um total de 11 centros judaicos receberam ameaças de bomba por telefone ontem, todas falsas.
Desde 9 de janeiro, o número de incidentes similares chega ao total de 69 em 54 centros judaicos de 27 estados dos EUA e de uma província canadense, segundo essa organização.
Além disso, em comunicado comemorativo emitido em janeiro sobre o Holocausto nazista, Trump não fez nenhuma referência aos judeus, nem ao antissemitismo.
Após as denúncias sobre as ameaças sofridas pelos centros judaicos, a filha mais velha de Trump, Ivanka, fez um pedido para que as pessoas respeitem o "princípio da tolerância religiosa" em uma mensagem no Twitter.
Ivanka se converteu ao judaísmo antes de casar-se com Jared Kushner, que é um judeu praticante, neto de sobreviventes do Holocausto, e que agora ocupa o cargo de assessor de Trump.
Hoje, antes das palavras de Trump contra o antissemitismo, a ex-candidata democrata à Casa Blanca Hillary Clinton tinha pedido a todo o mundo no Twitter, "começando com @POTUS (acrônimo de presidente dos Estados Unidos, em inglês)", que denunciassem as "preocupantes" ameaças sofridas pelos centros judaicos.
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