"Estamos expulsando criminosos estrangeiros e eles não vão voltar", diz Trump
O presidente dos EUA, Donald Trump, reviveu nesta sexta-feira (24) a incendiária retórica de sua campanha ao participar, pela primeira vez como presidente, da conferência anual dos conservadores americanos. "A era das palavras vazias terminou. Terminou. Agora é o momento da ação", disse a um auditório reunido nos arredores de Washington.
Em um discurso de aproximadamente uma hora, Trump repetiu suas promessas de campanha, como a construção de um muro na fronteira com o México, a reforma do sistema de saúde, a expulsão de imigrantes sem documentos e a derrota do "terrorismo islâmico radical".
Trump disse que os agentes da imigração estão encontrando "traficantes de drogas", "integrantes de gangues" e "criminosos estrangeiros" e os estão "expulsando", e acrescentou que eles "não vão voltar". A fala faz parte do discurso de Trump na convenção da União de Conservadores dos Estados Unidos (CPAC, na sigla em inglês), em Maryland.
Trump acrescentou que os deportados que tentarem cruzar a fronteira de volta aos EUA irão encontrar "problemas ainda maiores do que eles jamais imaginaram".
Em seu discurso, Trump disse que em alguns dias, ele tomaria "novas medidas" para manter o país seguro, uma referência a uma nova tentativa de apresentar uma ordem executiva para restringir a entrada nos EUA de pessoas que sejam de países de maioria muçulmana.
Trump citou uma série de ataques terroristas pelo mundo e disse: "Temos que ser espertos, pessoal. Não podemos permitir que eles aconteçam com a gente. Temos que manter os terroristas radicais islâmicos afastados de nosso país".
Como já havia ocorrido durante toda a sua campanha eleitoral, o público interrompia seu discurso gritando "USA! USA!".
"Eu nunca, nunca vou me desculpar por proteger e zelar pela segurança do povo americano", disse.
Trump voltou a afirmar que a construção do muro na fronteira com o México vai começar antes do previsto. "Vamos construir o muro, não se preocupem. De fato, começaremos em breve, antes do previsto", disse.
"Vamos empreender uma ação rápida e contundente para garantir a segurança na fronteira sul dos Estados Unidos e para começar a construção de um grande, grande muro fronteiriço", insistiu o presidente, ao ressaltar sua intenção de deter "o fluxo de imigração ilegal".
Ataque à imprensa
Trump também voltou a atacar a imprensa e afirmou que os veículos são "desonestos", "inimigos do povo" e "divulgadores de notícias falsas".
Trump disse que a imprensa nunca considerou que ele venceria as eleições presidenciais de novembro e manteve a candidata democrata, Hillary Clinton, sempre como favorita.
"Estamos combatendo as notícias falsas. São falsas, mentiras, falsas. Há poucos dias chamei as notícias falsas de inimigas do povo, e elas são", afirmou Trump.
"Temos que lutar contra eles. Os veículos de imprensa são muito inteligentes, muito astutos e desonestos (...). Ficam irritados quando expomos suas notícias falsas", indicou o presidente no fórum, o mais importante do conservadorismo nos EUA
Trump ressaltou que não está contra a imprensa, mas contra quem divulga "notícias falsas", embora tenha criticado alguns dos principais veículos do país, como o canal de notícias "CNN".
O presidente americano se aprofundou na ideia de que os principais veículos de imprensa do país publicam notícias falsas, algo que se refletiu em um polêmico tweet na semana passada, no qual chamava organizações como "The New York Times", "ABC", "NBC", "CBS" e "CNN" de "inimigos do povo".
"Eu amo a Primeira Emenda (da Constituição). Dá a todos o direito de dizer o que pensamos (...). Dá o direito de criticar notícias falsas. Muitos destes veículos são parte de grandes corporações midiáticas com seu próprios planos, e esses não são os planos do país", assegurou.
Trump retomou seus ataques à imprensa por publicar vazamentos internos de sua equipe citando a fontes anônimas dentro do governo.
"Não têm fontes. Inventam", disse o presidente americano, que pediu à mídia que citem somente fontes com nome, e não anônimas, em suas histórias.
Em um determinado momento, Trump mencionou a sua adversária durante as eleições, a democrata Hillary Clinton, e o auditório gritou "prendam-na", uma atitude que foi comum durante os comícios do então candidato republicano.
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