Mãe sai do coma e descobre que a filha de 8 anos morreu no atentado de Manchester
Mais de uma semana depois do atentado que matou 22 pessoas em Manchester no dia 22 de maio, a mãe da vítima mais jovem finalmente iniciou seu processo de luto. Em coma induzido desde a noite do show da cantora Ariana Grande, Lisa Roussos agora está acordada e ciente da morte da filha mais nova, Saffie, de apenas 8 anos.
Lisa tem 48 anos e estava no show com as duas filhas, Saffie e Ashlee. A mãe sofreu graves lesões na explosão e ficou internada em um hospital diferente de Ashlee, que também está sob cuidados médicos. As informações são dos jornais britânicos "The Telegraph" e "Independent".
Swanny ainda teve que dizer para a própria filha que a melhor amiga havia morrido. "Eu e o Andrew somos muito próximos e eu estive por perto desde o início disso tudo. Temos vivido o inferno desde então. Eu tive que voltar para casa e contar à minha garotinha que a melhor amiga dela não voltaria do show", lamentou.
A família Roussos é dona de um restaurante em Lancashire especializado em "fish and chips", famoso prato britânico à base de peixe frito empanado e batatas fritas. O estabelecimento vem recebendo uma série de homenagens desde a tragédia. Swanny ainda pretende abrir um fundo de caridade para os que desejam fazer doações.
Os moradores da região fizeram passeatas em apoio à família. "Saffie era uma linda garotinha em todos os sentidos da palavra", descreveu o professor Chris Upton. "Era amada por todos. Seu calor e sua gentileza serão lembrados para sempre."
Cerca de 45 mil ingressos para o show beneficente da cantora Ariana Grande se esgotaram em seis minutos nesta quinta-feira (1). A apresentação está marcada para o dia 4 de junho, no Old Trafford Cricket Ground, e contará com a participação de outros artistas, como Justin Bieber, Miley Cyrus, Katy Perry e Coldplay.
Vale destacar que o público que esteve presente no dia 22 teve direito a ingressos gratuitos. Os demais interessados tiveram que pagar 52 dólares (quase R$ 170) e, assim, contribuíram com um fundo de apoio para as vítimas e seus familiares.
Estado de vigilância
Além das 22 vítimas fatais (dentre elas, sete crianças), o autor do atentado, Salman Abedi, também morreu na explosão que ocorreu entre a Manchester Arena e a estação de trem Victoria. De acordo com os jornais da Inglaterra, os responsáveis por funerárias e mesquitas têm se recusado a enterrar ou cremar o extremista de origem líbia.
O grupo Estado Islâmico assumiu responsabilidade pelo ataque, que ainda mantém cerca de 50 hospitalizadas. A polícia britânica investiga se Salman Abedi agiu sozinho na operação ou se existia uma rede terrorista mais estruturada apoiando o rapaz de 22 anos.
O pai e irmão mais novo de Abedi foram presos suspeitos de planejar um ataque em Tripoli, capital da Líbia. Enquanto isso, o irmão mais velho de Salman foi detido na Inglaterra. Outros 10 suspeitos permanecem sob custódia da polícia de Manchester.
"A maioria dos componentes das bombas foram adquiridos pelo próprio Salman Abedi", confirmou o superintendente da polícia. "Ainda temos pessoas detidas e tentamos entender se Abedi foi ou não ajudado. É vital que nos certifiquemos que ele não é parte de uma rede maior. Ainda não podemos descartar isso", concluiu a autoridade.
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