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Furacão Irma destruiu 90% da ilha de Barbuda, dizem autoridades

Do UOL, em São Paulo

06/09/2017 21h37

Autoridades disseram nesta quarta-feira (6) que até 90% da ilha de Barbuda teve suas construções destruídas ou danificadas pela passagem do furacão Irma, de categoria cinco. As ilhas de Antigua e Barbuda foram uma das primeiras no Caribe a serem atingidas pelo fenômeno, que ainda passou por Saint Martin, Saint Barth e estava em Porto Rico na noite de quarta. Até agora, pelo menos sete pessoas morreram.

"Barbuda está literalmente em escombros", disse o primeiro-ministro Gaston Browne para uma rede local. Segundo ele, o Irma danificou severamente grande parte das residências de Barbuda. Pelo menos 1.800 pessoas vivem na ilha, que está sem água ou serviços telefônicos. Segundo ele, um bebê morreu no local.

Charles Fernandez, ministro de Relações Exteriores de Antigua e Barbuda, afirmou que a destruição deve passar dos 90% na ilha.

Ao menos seis mortes foram registradas na parte francesa da ilha de Saint Martin, após a passagem do furacão Irma, informou nesta quarta-feira Eric Maire, prefeito do departamento francês de Guadalupe. Maire advertiu sobre a previsão de que "entre 60% e 70% das residências" de Saint Martin foram destruídas. O aeroporto Internacional Princesa Juliana, da ilha de Saint-Martin, o terceiro com maior número de passageiros do Caribe, foi devastado.

O olho de Irma, de quase 50 km de diâmetro, permaneceu por cerca de uma hora e meia sobre a ilha francesa de Saint Barth, para depois se deslocar a Saint Martin, que está dividida entre uma zona francesa e outra holandesa.

O Irma, com ventos máximos sustentados de 300 km/h, estava no caminho para chegar à Flórida no sábado ou domingo, tornando-se o segundo grande furacão a atingir território dos EUA em duas semanas. O furacão Harvey matou cerca de 60 pessoas e causou até 180 bilhões de dólares em danos após atingir o Texas no final do mês passado. Irma ainda ameaça República Dominicana, Haiti e Cuba.

Dois outros furacões se formaram na quarta-feira. Katia no Golfo do México não representava uma ameaça aos Estados Unidos, de acordo com os analistas norte-americanos. Mas o furacão José, no Atlântico, cerca de 1.600 km a leste das Pequenas Antilhas, pode eventualmente ameaçar o continente dos EUA.