Do paraíso ao inferno: furacão deixa rastro de mortos e destruição em ilhas caribenhas
As ilhas paradisíacas do Caribe vivem momentos de caos e mortes com a passagem do devastador furacão Irma, com ventos de até 298 km/h e um tamanho similar ao da França. O furacão já passou pelas Anguilla, Antígua e Barbuda, São Martinho e Porto Rico. O Irma agora segue em direção a Cuba, Bahamas e ao Estado norte-americano da Flórida.
Na ilha franco-holandesa de São Martinho, há pelo menos oito mortos e 21 feridos, anunciaram os serviços de socorro franceses nesta quinta (7). No total, já foram computados ao menos 11 mortos em todas as ilhas. O número, segundo as autoridades, deve aumentar ao longo do dia.
Em declarações a uma rádio, o ministro francês do Interior, Gérard Collomb, lembrou que as informações são "parciais", em função das dificuldades de comunicação entre St. Martin e St. Barts.
A região conhecida pelo mar azul-turquesa do Caribe é um importante destino turístico durante o verão no hemisfério Norte. Só em Cuba, 36 mil turistas estrangeiros estão atualmente de férias em polos de lazer situados nas costas norte e leste. O governo cubano começou a retirada dos estrangeiros para se preparar para a chegada do Irma.
São Martinho
A ilha franco-holandesa chegou a ficar inacessível, com seus aeroportos fechados após a passagem do furacão de categoria 5.
Na manhã desta quinta, a ministra francesa de ultramar, Annick Girardin, comemorou que parte da pista do aeroporto de San Martín tenha sido reaberta, o que permitirá a chegada de um avião militar de reconhecimento.
Com muitas ruas alagadas, sem energia elétrica, sem água potável e com muitas casas danificadas, os moradores das ilhas chamam os destroços do país de "cenas de horror", "pesadelo" e "cenário do apocalipse".
Foram enviados até o momento, cerca de 200 pessoas, entre socorristas, militares, bombeiros e médicos. Também há cães, "porque, infelizmente, vamos ter trabalho em St. Barts [uma ilha francesa vizinha de St. Martin], onde os danos são muito grandes", declarou Girardin.
Do lado holandês, o furacão Irma arrasou o aeroporto e o porto, deixando "inacessível" essa parte da ilha, declarou o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.
95% das casas danificadas em Antígua e Barbuda
A ilha de Barbuda teve 95% de suas construções danificadas. "Foi uma devastação total", disse o primeiro-ministro do país caribenho, Gaston Browne, após a passagem da tempestade.
Segundo ele, 30% das construções da ilha foram completamente destruídas, e a reconstrução levará anos. A mídia local afirma que o furacão deixou Barbuda "quase inabitável" e "inundada".
Os danos foram estimados em cerca de 150 milhões de dólares e deixaram desabrigados cerca de 60% da população de 1.800 habitantes da ilha. Uma criança de 2 anos morreu na ilha.
Outros furacões na área
As tormentas tropicais José e Katia se converteram na quarta-feira em furacão de categoria 1, se somando ao Irma, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês) dos Estados Unidos. José está em mar aberto no Oceano Atlântico e pode seguir o rastro do Harvey, rumando para o Caribe, enquanto o Katia se formou no sudoeste do Golfo do México.
Browne afirmou que pode ser forçado a retirar todos os habitantes de Barbuda, caso o furacão José rume para a região.
Com ventos máximos de 295 km/h, o Irma segue a rota prevista no Caribe e deve atingir o norte da República Dominicana e o Haiti ainda nesta quinta-feira, continuando para o leste de Cuba antes de rumar para a Flórida.
* Com agências internacionais
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