Ao menos 58 morrem após atirador abrir fogo em festival de música em Las Vegas
Subiu para 58 o número de mortes confirmadas após um atirador abrir fogo contra o público de um festival de música country próximo ao cassino Mandalay Bay em Las Vegas (EUA) na madrugada desta segunda-feira (2). Pelo menos 515 pessoas foram levadas a hospitais.
O atirador abriu fogo a partir do 32º andar do Mandalay Bay em direção ao público antes de se suicidar, segundo a polícia. Ele foi identificado como Stephen Paddock, um homem de 64 anos de Mesquite (Nevada).
Em seu quarto foram encontrados dez fuzis, segundo o chefe de polícia do condado de Clark, Joseph Lombardo. Ele estava hospedado no Mandalay Bay desde a última quinta-feira (28).
É o maior tiroteio em massa da história dos Estados Unidos em número de mortos, ultrapassando as 49 vítimas mortas no atentado a uma boate de Orlando no ano passado.
"Nós não temos nenhuma ideia de qual era o sistema de crenças dele", disse Lombardo. "Agora, nós acreditamos que ele era o único agressor e que a cena está estável".
Em um tuíte, o grupo extremista muçulmano Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, alegando que Paddock teria recentemente se convertido ao Islã. A informação não foi confirmada ou comentada pelas autoridades, cujo discurso é de que ainda não foi encontrada qualquer informação ligando o suspeito a algum grupo.
Cerca de 40 mil pessoas assistiam ao festival de música country, chamado Route 91 Harvest Festival. No momento dos tiros, às 22h locais (2h de Brasília), o cantor Jason Aldean se apresentava. Horas depois, Aldean informou que ninguém de sua equipe saiu ferido.
Logo após o incidente, a polícia saiu à procura de Marilou Danley, identificada como companheira do autor. Ela estaria com ele no hotel, mas a informação não foi confirmada. A polícia ainda não esclareceu se a mulher participou do crime de alguma maneira.
Na manhã desta segunda, o presidente Donald Trump postou no Twitter sobre o ataque. "Minhas condolências e compaixão às vítimas e familiares desse tiroteio horrível em Las Vegas. Deus os abençoe!", publicou Trump.
O Ministério das Relações Exteriores e o Consulado do Brasil em Los Angeles informaram que, até o momento, não há registro de brasileiros entre as vítimas.
Encerramento do festival
Os tiros foram disparados enquanto o cantor Jason Aldean fazia seu show no encerramento do festival de música country.
Segundo as testemunhas, foram ouvidas longas rajadas de disparos efetuados de uma arma semiautomática, que provocaram o pânico entre os presentes e que continuaram inclusive depois que a banda do artista parou de tocar. Houve relatos de que o tiroteio durou mais de dez minutos.
Em alguns vídeos publicados nas redes sociais pode-se escutar rajadas de tiros, enquanto as pessoas correm apavoradas, perguntando-se o que está acontecendo ou abaixadas no chão se protegendo dos disparos.
Segundo testemunhas citadas pela imprensa local, entre as pessoas que estavam no chão havia algumas cobertas de sangue.
Mike McGarry, um consultor financeiro de 53 anos da Filadélfia, disse que estava no show quando escutou o barulho de centenas de tiros.
"Foi uma loucura. Eu me joguei sobre as crianças. Eles têm 20 anos. Eu tenho 53. Eu vivi uma vida boa", disse McGarry. A parte de trás de sua camisa ficou com marcas de pé, depois que pessoas passaram por cima dele na multidão em pânico.
A polícia manteve fechada uma ampla seção do boulevard Las Vegas, que serve de via principal da cidade e é conhecido pela fila de hotéis e cassinos que há nele, bem como várias ruas adjacentes da zona sul dessa avenida central.
Além de dezenas de carros da polícia, as autoridades também acionaram uma equipe SWAT para encontrar o autor ou autores do ataque.
Por enquanto, as estradas e acessos à região foram fechados e também foram cancelados alguns voos para o aeroporto da cidade.
(Com agência internacionais)
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