"Foi um ato de pura maldade", diz Trump sobre massacre em Las Vegas
O presidente Donald Trump discursou nesta segunda-feira (2) sobre o atentado que deixou ao menos 58 mortos e mais de 500 feridos em um festival de música em Las Vegas (EUA). O massacre foi um ato de "pura maldade", segundo Trump.
O atirador, identificado como Stephen Paddock, 64, se suicidou após atirar na multidão de seu quarto no 32º andar do hotel Mandalay Bay, em frente ao local do festival.
"Um atirador assassinou brutalmente mais de 50 pessoas e feriu centenas. Foi um ato de pura maldade", disse Trump, que afirmou que o FBI e o departamento de Segurança Interna já se uniram à polícia de Las Vegas na investigação do ataque.
O presidente afirmou que visitará a cidade na quarta-feira (4), quando se reunirá com investigadores e familiares das vítimas.
No discurso, que não foi aberto a perguntas de jornalistas, Trump fez algumas menções religiosas e disse que está rezando pelos familiares e vítimas. "Não conseguimos imaginar a dor de suas perdas. Estamos pedindo que Deus esteja com vocês. Aos feridos, estamos rezando por sua recuperação", declarou o presidente.
Trump fez um apelo para fortalecer "os laços que nos unem, nossa fé, nossas famílias e nossos valores". "Nossa unidade não pode ser quebrada pelo mal, pela violência. Apesar de sentirmos raiva por esse assassinato sem sentido de nossos cidadãos, é nosso amor que nos define hoje e nos definirá para sempre", disse Trump. "Rezamos pelo dia em que o mal será banido e os inocentes estejam salvos do ódio e do medo."
"Eu sei que estamos procurando algum tipo de significado no caos, algum tipo de luz no escuro. As respostas não são fáceis. Mas podemos ter esperança no fato de que até mesmo o lugar mais escuro pode ser iluminado por uma única luz, e até mesmo o mais terrível desespero pode ser eliminado por um único raio de esperança."
Trump ainda agradeceu pelos oficiais que fizeram o primeiro atendimento das vítimas, assim como os policiais que trabalharam para conter o assassino. "Todos fizeram esforços corajosos para salvar as pessoas. A velocidade com que chegaram ao local foi milagrosa e preveniu muitas mortes."
Trump fez um apelo para fortalecer "os laços que nos unem, nossa fé, nossas famílias e nossos valores".
"Eu sei que estamos procurando algum tipo de significado no caos, algum tipo de luz no escuro. As respostas não são fáceis", acrescentou.
Mais cedo, no começo da manhã, Trump havia lamentado o ataque no Twitter. "Minhas condolências e compaixão às vítimas e familiares desse ataque a tiros horrível em Las Vegas. Deus os abençoe!", publicou Trump.
Por meio de sua porta-voz, a Casa Branca disse que é prematuro discutir políticas sobre controle de armas. "Hoje é um dia para consolar os sobreviventes e pessoas em luto pelos que perdemos", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, a jornalistas em uma entrevista coletiva. "Seria prematuro discutir políticas quando não conhecemos completamente todos os fatos ou o que aconteceu ontem à noite."
O maior ataque com armas em massa da história dos EUA
O número de mais de 50 mortos posiciona o atentado como maior ataque com arma de fogo em massa da história dos Estados Unidos, ultrapassando as 49 vítimas mortas no atentado a uma boate de Orlando no ano passado.
O atirador abriu fogo do 32º andar do Mandalay Bay em direção ao público antes de se suicidar, segundo a polícia. Ele foi identificado como Stephen Paddock, um homem de 64 anos de Mesquite (Nevada).
No quarto do hotel foram encontrados 19 armas, segundo o chefe de polícia do condado de Clark, Joseph Lombardo. Ele estava hospedado no Mandalay Bay desde a última quinta-feira (28).
A polícia ainda não sabe qual foi a motivação de Paddock para o crime. Ele morava em uma comunidade de aposentados em Mesquite (Nevada) e não tinha histórico policial de violência.
Em um tuíte, o grupo extremista muçulmano Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, alegando que Paddock teria recentemente se convertido ao Islã. A informação não foi confirmada ou comentada pelas autoridades, cujo discurso é de que ainda não foi encontrada qualquer informação ligando o suspeito a algum grupo.
Cerca de 40 mil pessoas assistiam ao festival de música country, chamado Route 91 Harvest Festival. No momento dos tiros, às 22h locais (2h de Brasília), o cantor Jason Aldean se apresentava. Horas depois, Aldean informou que ninguém de sua equipe saiu ferido.
Testemunhas afirmaram que os tiros duraram mais de dez minutos, enquanto as pessoas corriam para se proteger.
O Ministério das Relações Exteriores e o Consulado do Brasil em Los Angeles informaram que, até o momento, não há registro de brasileiros entre as
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.