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Moradores perseguiram atirador a 150 km/h após chacina em igreja no Texas

Johnny Langendorff, que dirigiu sua caminhonete junto com um morador armado para perseguir o atirador  - KSAT via AP
Johnny Langendorff, que dirigiu sua caminhonete junto com um morador armado para perseguir o atirador Imagem: KSAT via AP

Do UOL, em São Paulo

06/11/2017 13h24

Dois moradores de Sutherland Springs, no Texas, confrontaram e perseguiram o atirador que matou 26 pessoas em uma igreja batista da cidade neste domingo (5),  identificado como Devin Patrick Kelley, 26.

Ao sair da igreja, o atirador teria trocado tiros com um morador da cidade, armado com um fuzil. O morador abordou outro local, Johnny Langendorff, que dirigia sua caminhonete perto da igreja, e sugeriu que ambos perseguissem o atirador.

"Eu parei na esquina onde o tiroteio aconteceu e vi dois homens trocando tiros" disse Langendorff, o motorista da caminhonete, à emissora KSAT.

"O homem me contou rapidamente o que tinha acontecido disse que nós tínhamos que pegá-lo [o atirador] porque ele havia acabado de atirar nas pessoas na igreja. Foi o que eu fiz. Apenas agi. Não tinha muito tempo de fazer perguntas", contou o motorista, ressaltando que não conhecia o outro morador. "Esse cara [atirador] tinha machucado tantas pessoas e afetado tantas vidas. Por que não o pegaríamos?", acrescentou.

Ele afirmou que os dois chegaram a velocidades de até 153 km/h durante a perseguição, enquanto falavam pelo telefone com a polícia.

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Logo depois, o atirador perdeu o controle de seu veículo perto da fronteira com um distrito vizinho.

"O homem que estava comigo desceu e apontou o fuzil para o homem, dizendo para ele sair do carro. Não houve movimento, nada", afirma Langendorff.

Segundo a polícia, o agressor se matou com um tiro após o acidente. Langendorff afirmou, em seu relato, que não houve barulho de tiros.

De acordo com Joe Tackitt, chefe de polícia local,  parentes do atirador frequentavam a igreja esporadicamente. A polícia disse ainda não ter esclarecido a motivação para o crime. O governador do Texas, Greg Abbott, afirmou que não considera ter sido um "ato de violência randômico".

Kelley vivia em New Braunfels, um subúrbio em San Antonio, a 56 km da cidade onde ocorreu o ataque. Ele serviu na Força Aérea dos EUA na base Holloman, no Novo México, de 2010 a 2014, quando foi dispensado. O motivo foi uma denúncia de agressão contra sua mulher, Danielle Lee Shields, e seus filhos.

No ataque deste domingo, Kelley usou uma AR-15. Além dos 26 mortos, pelo menos 20 ficaram feridos durante o ataque, afirmou o governador do Texas.

No ataque, Kelly matou e feriu vítimas com idades entre 5 e 72 anos, entre elas a filha do pastor da igreja, Frank Pomeroy. Annabelle Renee Pomeroy tinha 14 anos de idade.