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Ex-policial que atacou prédios do governo em 2017 está morto, diz Venezuela

Inaki Zugasti/AFP
Imagem: Inaki Zugasti/AFP

Do UOL, em São Paulo

16/01/2018 14h58

O governo da Venezuela confirmou nesta terça-feira (16) que o ex-policial e piloto Óscar Pérez, acusado de executar um ataque terrorista contra o Supremo Tribunal de Justiça, foi morto na operação realizada na segunda-feira, que desarticulou o seu grupo rebelde.

Pérez ficou conhecido em julho de 2017 quando, no meio dos protestos antigovernamentais, lançou várias granadas de um helicóptero da Polícia Científica contra dois edifícios governamentais em Caracas. Em dezembro, ele assumiu a autoria de um ataque a um quartel da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar), em Laguneta de La Montaña, onde foram roubados 26 fuzis Kalashnikov e três pistolas.

Pelas redes sociais, o ex-policial afirmou no início da manhã desta segunda-feira que as autoridades o tinham localizado após mais de seis meses de fuga, numa área montanhosa perto de Caracas. Ele publicou uma série de vídeos no Instagram nos quais assinalava que ele e seu grupo estavam cercados e que as forças de segurança lhes disseram que os queriam matar.

Pérez assegurou que queria se entregar, mas que, mesmo assim, não paravam de disparar contra o grupo. No último vídeo é possível ver o ex-policial com manchas no rosto, que parecem ser sangue, e gritando: "Vamos nos entregar, parem de atirar". Ele afirmou ainda que havia feridos entre seu grupo.

O governo do presidente Nicolás Maduro o descreve como um "terrorista extremista fanático" e as buscas por ele são realizadas há meses. Alguns críticos de Maduro questionaram se os ataques de Perez não teriam sido encenados em parceria com o governo para justificar uma repressão adicional sobre a oposição.

As autoridades finalmente encontraram Pérez no bairro pobre de El Junquito nesta segunda-feira. Ele morreu junto com seis homens de seu grupo durante a extensa operação de captura realizada na segunda-feira nos arredores de Caracas.

O ministro do Interior, o general Néstor Reverol, incluiu Pérez, de 36 anos, na lista dos "sete terroristas mortos" mostrando suas fotografias, em um anúncio na televisão oficial. Outros seis homens do grupo estão "detidos sendo processados neste momento", acrescentou.

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