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Imprensa internacional destaca morte de Marielle: 'ataque direcionado' e 'crítica da violência policial'

Reprodução da nota do jornal britânico The Guardian sobre a morte da vereadora Marielle Franco - Reprodução/Guardian
Reprodução da nota do jornal britânico The Guardian sobre a morte da vereadora Marielle Franco Imagem: Reprodução/Guardian

Do UOL, em São Paulo

15/03/2018 10h24

Veículos de comunicação internacionais repercutiram o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL). Jornais como o britânico "The Guardian" e os americanos "The New York Times" e "Washington Post" reproduziram em seus sites informações sobre o crime texto produzido pela Associated Press. No Guardian, no começo da manhã (hora de Brasília) a nota estava entre as mais lidas do site do jornal.

Em seu destaque, o jornal britânico afirma que Marielle foi morta em um "ataque direcionado". Já a agência britânica BBC ressaltou que ela era crítica da violência policial e da intervenção do Exército em bairros da periferia do Rio. A agência espanhola Efe ainda lembrou da intervenção do Exército na segurança pública do Rio de Janeiro e destacou que o ataque aconteceu um dia depois da vereadora voltar a criticar a intervenção em mensagem nas redes sociais.

O argentino "Clarín" destaca que Marielle foi morta quando "voltava de um ato de empoderamento de mulheres negras, como ela".

A Anistia Internacional exigiu "uma investigação imediata e rigorosa" do crime, em um comunicado veiculado no Facebook da entidade defensora dos direitos humanos.

A vereadora era socióloga e tinha 38 anos. Nascida no Complexo da Maré, uma das áreas mais violentas da cidade, era relatora da comissão do Conselho criado para fiscalizar as operações policiais após o início da intervenção militar no Rio.

Marielle Franco foi morta a tiros na noite desta quarta-feira, 14, dentro de um carro na região central da capital fluminense, quando ia de um evento para sua casa. O motorista do veículo também foi assassinado. Uma assessora que também estava no veículo sobreviveu ao ataque. A vereadora ficou conhecida como militante do movimento negro e de direitos humanos. Ela havia feito recentemente denúncias de violência policial contra moradores de favelas no Rio.

(Com Agência Estado)