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"Existe a possibilidade", diz Bolsonaro sobre Trump vir à posse em janeiro

Bolsonaro toma café com John Bolton, braço direito de Trump - Divulgação
Bolsonaro toma café com John Bolton, braço direito de Trump Imagem: Divulgação

Marina Lang

Colaboração para o UOL, no Rio

29/11/2018 12h59

Horas depois de se reunir com braço direito de Donald Trump no Rio, o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), vê aumentar as perspectivas de que o presidente dos Estados Unidos compareça à cerimônia de posse em Brasília.

Questionado pelo UOL sobre a presença de Trump, Bolsonaro respondeu que "existe a possibilidade" de que o líder norte-americano vá a Brasília em 1º de janeiro de 2019.

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Bolsonaro participou da formatura da Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais, na Vila Militar, zona norte do Rio, na manhã desta quinta (29). Foi recebido sob aplausos dos convidados da cerimônia.

“Estamos estudando também uma viagem para os Estados Unidos e pela América do Sul - Argentina e Chile”, acrescentou o presidente eleito. Não há data definida para esse compromisso, contudo.

Horas antes, John Bolton, assessor de Trump, usou as redes sociais para reforçar o "convite feito por Trump a Bolsonaro", para que o próximo presidente brasileiro visite Washington.

Israel

O presidente eleito também disse que “existe a possibilidade” de mudar a embaixada brasileira em Israel - atualmente sediada em Tel Aviv - para Jerusalém. Ele disse que esteve com o embaixador israelense ontem, mas não confirmou oficialmente essa intenção.

De acordo com Bolsonaro, a conversa com o assessor de Segurança dos EUA envolveu questões internas e externas, geopolítica e relações comerciais viáveis entre os dois países. “Sem prejudicar a nossa economia”, disse Bolsonaro.

O presidente eleito também criticou a Venezuela - sinalizando a possibilidade de atender a uma vontade dos EUA quanto à saída do país vizinho do Mercosul. “Nem deveria ter entrado [no bloco]”, declarou.

Perguntado pelo UOL se o Brasil romperia relações diplomáticas com a Venezuela, Bolsonaro disse que “nossa diplomacia vai agir na questão da Venezuela, sim, assim como agimos em relação ao COP-25 [convenção do clima da qual o Brasil declinou de, eventualmente, sediar o evento]”.

Ele também parabenizou a operação Lava Jato no contexto da prisão do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB).