Chanceler dá posse a secretário-geral e defende mudanças no Itamaraty
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, defendeu nesta quinta-feira (3) mudanças na estrutura diplomática brasileira. Ele afirmou, durante a cerimônia de posse do embaixador Otávio Brandelli como secretário-geral do Itamaraty, que é necessário reestruturar o órgão para que ele continue a ser "um sustentáculo" do país.
"Assim como eu, Otávio [Brandelli] é alguém que ama esta instituição e que, por isso mesmo, sente que devemos mudar algumas coisas para que o Itamaraty continue sendo um sustentáculo deste edifício que estamos construindo no Brasil", disse o chanceler.
Araújo disse estar convencido de participar da "construção de algo novo" no país. "[Diante da] política externa que queremos implementar, temos que ter esta mentalidade de que estamos construindo algo e não simplesmente administrando. E de que este edifício que estamos construindo faz parte de algo maior, coeso", acrescentou o chanceler.
O novo ministro viaja ainda hoje para Lima, no Peru. Ele participará de uma reunião do Grupo de Lima, de nações do continente americano que discutem uma saída para a crise na Venezuela.
Sobre o secretário-geral Brandelli, que assume o segundo posto mais importante do Itamaraty, Araújo disse que ele é um dos diplomatas mais competentes de qualquer geração" e "um gestor brilhante". Brandelli ocupava o posto de diretor do Departamento do Mercosul.
Responsável pela administração da máquina do Itamaraty, o novo secretário-geral afirmou que dará "atenção prioritária" a um problema que preocupa o corpo diplomático: o fluxo de carreira. Brandelli admitiu que esse problema "aflige" seus colegas e prometeu mudanças para "preservar a capacidade do ministério de recrutar e manter os melhores quadros do Brasil."
Hoje, o Itamaraty convive com um inchaço nos níveis hierárquicos mais baixos, gerado pelo grande número de contratações feitas durante a gestão de Celso Amorim no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Em alguns anos, foram contratados por meio de concurso até 200 diplomatas em um único ano. Atualmente, o fluxo é de 30 pessoas por ano.
Os funcionários que ingressaram no período de Amorim convivem com a falta de perspectiva de ascensão na carreira. A hierarquia da pasta tem um formato de "funil", e não há espaço para promover todos. (Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)
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