Brasil e outros países sairão em conjunto da Unasul no Chile, diz chanceler
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse hoje que os países sul-americanos que ainda fazem parte da Unasul (União das Nações Sul Americanas) deverão anunciar a saída do grupo durante a reunião de presidentes do continente marcada para o final desta semana, no Chile. A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva concedida em Brasília.
"A ideia é que os países façam esse movimento em conjunto", disse Ernesto ao ser questionado sobre o tema.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) será um dos participantes da reunião de cúpula deste fim de semana. Ele embarca amanhã para Santiago e retorna no sábado (23).
Além da saída da Unasul, a ideia é que os países que se reunirão no Chile lancem um novo grupo apelidado até o momento de Prosul.
"Gostamos muito da ideia que o Chile vem conduzindo que é a de substituir a Unasul, que é um organismo que não faz mais sentido. Que foi criado e nasceu com vício de origem", afirmou.
A Unasul foi criada em 2008 com o apoio de países como Brasil, Argentina e Equador. À época, o continente contava com diversos presidentes alinhados à esquerda e à centro-esquerda. Atualmente, fazem parte do grupo: Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Um dos objetivos é que o esvaziamento da Unasul aumente o isolamento diplomático da Venezuela no continente.
Para Ernesto, o novo bloco a ser criado em substituição à Unasul deverá ser mais "leve" e ter foco em integração física entre os países.
"A Unasul durou não sei quantos anos e nunca abriu nem um quilômetro de rodovia", afirmou.
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