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Sobe para 321 o número de mortos em ataques no Sri Lanka; 45 são crianças

Do UOL, em São Paulo*

23/04/2019 08h56

Subiu para 321 o número de mortos nos ataques no Sri Lanka durante o domingo de Páscoa, informou hoje o ministro da defesa do país, Ruwan Wijewardene. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pelo menos 45 dessas vítimas são crianças.

Os ataques contra três igrejas, quatros hotéis e um complexo residencial começaram no domingo por volta das 8h45 do horário local (23h45 de sábado em Brasília) em Colombo, durante as celebrações de Páscoa.

Esta manhã, o grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque. Em um comunicado divulgado pela agência de notícias Amaq, ligada aos terroristas, o grupo afirmou que os alvos eram cristãos e cidadãos de países que bombardeiam os territórios ocupados pelos Estado Islâmico.

No entanto, ontem, o ministro tinha dito ainda que o grupo jihadista NTJ (National Thowheeth Jama'ath) estaria por trás dos ataques. Há poucas informações sobre o grupo.

Ao Parlamento do Sri Lanka, o ministro da defesa disse que as investigações apontam que os ataques foram uma retaliação ao atentado contra muçulmanos em Christchurch, na Nova Zelândia, ocorrido em março deste ano, que deixou 49 mortos. Porém ele não apresentou evidências.

Crianças

De acordo com o porta-voz do Unicef, Christophe Boulierac, pelo menos 45 crianças morreram nos ataques e um número similar sofreu ferimentos graves.

Das crianças falecidas, 27 estavam na igreja Katuwapitya em Negombo, situada poucos quilômetros ao norte da capital Colombo, onde outras dez crianças ficaram feridas. Em outra igreja na cidade de Batticaloa morreram 13 crianças, das quais a menor tinha pouco mais de um ano, explicou Boulierac ao revelar a dimensão da barbárie nesses atentados.

Quinze crianças que estavam nesse mesmo recinto religioso estão agora recebendo tratamento em diversos hospitais, enquanto outras 20 foram admitidos no hospital central de Colombo, com quatro delas internados na unidade de terapia intensiva.

O Unicef foi informado também que outras cinco crianças estrangeiras morreram. Além disso, o fundo da ONU afirmou que ainda é preciso determinar a quantidade de crianças que perderam um ou os dois pais.

O fundo condenou a violência e disse estar apoiando e financiando as instituições responsáveis pela busca de parentes próximos ou, caso estes não apareçam, de estruturas de acolhimento que possam receber as crianças.

*Com EFE