Estado Islâmico reivindica autoria de ataques a bomba no Sri Lanka
O grupo terrorista EI (Estado Islâmico) reivindicou hoje a autoria pelos ataques a bomba ocorridos no domingo de Páscoa no Sri Lanka que mataram 321 pessoas. Em um comunicado divulgado pela agência de notícias Amaq, ligada aos terroristas, o grupo afirmou que os alvos eram cristãos e cidadãos de países que bombardeiam os territórios ocupados pelos EI.
"Uma fonte de segurança afirmou a agência Amaq que os autores do ataque eram soldados do Estado Islâmico e tinham como alvo cidadãos de países de coalizão liderados pelos EUA e cristãos no Sri Lanka", diz o texto. O comunicado, no entanto, não possui mais informações ou evidências de que o grupo terrorista é, de fato, autor dos ataques.
Após o grupo anunciar a autoria do ataque, o primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, disse acreditar que os atentados coordenados realizados no país na Páscoa realmente têm relação com o Estado Islâmico.
Os atentados aconteceram contra três igrejas, quatro hotéis e um complexo residencial e começaram por volta das 8h45 do domingo de Páscoa (23h45 de sábado, em Brasília) em Colombo, capital do Sri Lanka.
Ao todo, 321 pessoas morreram, incluindo 38 estrangeiros, segundo afirmou hoje o ministro da defesa, Ruwan Wijewardene, no Parlamento do Sri Lanka. Nesta terça, foi declarado dia de luto oficial. As vítimas começaram a se enterradas.
Antes do EI reivindicar os atentados, Wijewardene disse que as investigações preliminares davam conta de que os ataques foram uma retaliação ao ataque contra muçulmanos em Christchurch, na Nova Zelândia, ocorrido em março deste ano. Mas também não apresentou evidências. Os ataques a tiros em duas mesquitas deixaram 49 mortos ao menos 42 feridos por disparos, inclusive crianças.
Wijewardene também reiterou que o primeiro-ministro e a cúpula do governo nunca foram informados sobre a possibilidade de um ataque iminente.
Ontem o ministro tinha dito ainda que o grupo jihadista NTJ (National Thowheeth Jama'ath) estaria por trás dos ataques, com apoio do movimento radical islamita JMI (Jammiyathul Millathu Ibrahim), da Índia.
Há poucas informações sobre os grupos e eles não reivindicaram a autoria das explosões. Até então, o grupo havia aparecido no noticiário apenas por vandalizar algumas estátuas budistas, porém não existem muitas informações sobre sua organização nem mesmo sobre seus reais objetivos.
O governo acreditava que o grupo contou com a ajuda de terroristas estrangeiros e pediu ajuda a outros países para as investigações. Membros do setor de inteligência do governo dos EUA, ouvidos pela agência Reuters, já haviam dito que os ataques traziam elementos geralmente usados pelo EI.
Até agora, o governo do Sri Lanka prendeu cerca de 40 pessoas na investigação, incluindo um sírio.
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