Guaidó: Protestos não têm volta porque estamos perto de atingir objetivo
O líder do Parlamento da Venezuela e autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó, usou o Twitter no fim da tarde de hoje para fazer um balanço da Operação Liberdade, como denominou as manifestações contra o governo de Nicolás Maduro, e dizer como se dará "fase final" dela. Segundo Guaidó, "nessa fase da luta, a mobilização e os protestos não têm volta porque estamos perto de atingir o nosso objetivo".
"Esta fase final da Operação Liberdade começa com milhões de venezuelanos nas ruas, com um regime enfraquecido, forte apoio internacional à nossa luta e comunicação com as Forças Armadas. Nós somos um movimento pacífico e agora é que vamos com tudo", escreveu Guaidó.
Ele também aproveitou para alfinetar Maduro depois de um grupo de soldados venezuelanos se unir contra o ditador. "Nós demonstramos que o usurpador não controla as Forças Armadas", disse. "Sem o povo, sem as Forças Armadas e sem poder confiar na própria sombra, quem usurpa funções está cada vez mais encurralado e sozinho."
Em contrapartida à fala de Guaidó, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, afirmou ontem que as Forças Armadas do país seguem "firmemente em defesa" do governo "legítimo" de Maduro.
O presidente autoproclamado também convocou todos os funcionários públicos e de serviços estratégicos a "ocupar seus espaços de trabalho pedindo o fim da usurpação". "Esta operação é mobilizada porque deve haver protesto permanente em todos os espaços de trabalho. Onde a bandeira estiver hasteada, onde houver uma fita azul ou ações de protesto, ali se trabalhará para que a usurpação acabe", afirmou.
Ele também convocou a população e pediu a participação de todos para, a partir de amanhã, iniciar uma greve escalonada que culmine em uma greve geral.
Manifestações e confrontos
Militares e opositores se enfrentaram hoje no leste de Caracas, em meio às mobilizações convocadas por Guaidó.
Os confrontos começaram quando dezenas de opositores tentaram bloquear uma autoestrada e lançaram pedras e coquetéis molotov contra a base aérea, onde um grupo de militares se rebelou ontem contra o presidente Maduro.
Da base, soldados da Guarda Nacional lançaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que estavam encapuzados e faziam parte de uma passeata de centenas de pessoas.
Homens da Guarda Nacional também usaram gás para impedir o avanço de uma pequena mobilização em El Paraíso, a cerca de quatro quilômetros do Palácio de Miraflores, residência presidencial, segundo a imprensa local.
Em outras regiões de Caracas, como La Florida, membros da oposição denunciaram "repressão" da Guarda Nacional e da polícia.
* Com agências de notícias
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