Guaidó diz estar "forte" e convoca trabalhadores para uma greve geral
O líder do Parlamento da Venezuela e autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, afirmou hoje que o movimento encabeçado por ele está "forte" e que nunca "retrocedeu" ao convocar a população para a partir de amanhã iniciar uma greve escalonada que culmine em uma greve geral.
"Estamos fortes, estamos comprometidos, estamos no caminho correto", afirmou em discurso feito durante manifestação no bairro de El Marqués, em Caracas.
Guaidó pediu que os venezuelanos se mantenham nas ruas. "Todos os dias tem que haver ações de protestos. Todos os dias!", disse.
Ele também pediu que os trabalhadores façam greves a partir de amanhã. "Amanhã é o início das greves escalonadas", convocou, afirmando que os trabalhadores não precisam temer porque não terão os dias descontados, já que leis permitem o direito de mobilização. "Se lhes demitirem por isso, procurem a Assembleia Nacional."
Azul como marca da oposição
Guaidó pediu que os trabalhadores usem alguma insígnia azul nos seus postos de trabalho para que se identifiquem como integrantes do movimento. Ontem, os militares que apareceram junto a Guaidó na base aérea de La Carlota usavam panos azuis para se distinguirem dos fiéis ao ditador Nicolás Maduro.
"Amanhã vamos acompanhar a proposta que nos fizeram de greves escalonadas, até conseguir uma greve geral", disse.
O autoproclamado presidente pediu ainda que as pessoas falem com os militares, que assumam a responsabilidade de convencê-los. "Todos vamos falar com os militares, todos vamos fazer parte dessa causa, igualmente com os funcionários públicos", afirmou. Ele disse ainda que os militares sabem quem se esconde e quem "dá a cara", assim como sabem "que os persegue e que os protege".
Guaidó disse ainda aos manifestantes que o fim do governo de Maduro está próximo, mas que é preciso seguir nas ruas.
Os opositores afirmam que durante o discurso os serviços de YouTube, Bing e Google ficaram restritos na Venezuela.
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