Atirador da Virgínia que matou 12 morreu após longo confronto com policiais
O homem que entrou na tarde de ontem em um prédio público de Virgínia Beach, nos Estados Unidos, e atirou contra funcionários em ao menos três andares, era funcionário público e trabalhava no local, segundo informou a rede norte-americana CNN. Doze pessoas foram mortas no ataque e quatro outras ficaram feridas, incluindo um policial. O chefe da polícia local, James Cervera, relatou que o homem morreu após longa troca de tiros com policiais acionados para atender a ocorrência.
Segundo Cervera, a ação policial impediu que mais pessoas fossem mortas pelo atirador. Os primeiros a chagarem ao local foram dois detetives veteranos, acompanhados de dois agentes K9 (policiais acompanhados por cachorros treinados). Um deles foi atingido durante o tiroteio, mas segundo Cervera, sobreviveu graças ao colete à prova de balas.
"Posso dizer que foi uma extensa troca de tiros entre esses quatro policiais e o suspeito", disse o chefe de polícia em entrevista à imprensa na noite de ontem. "A polícia está neste momento processando o que aconteceu, e que pode ser descrito como uma zona de guerra. A vida desses policiais irá mudar para sempre."
O atirador, identificado pelas iniciais D.C., era um "empregado insatisfeito" de 40 anos, diz a rede de televisão, e tinha acesso ao edifício. Ele era engenheiro responsável por projetos de estradas locais e passou por ao menos três andares atirando, antes de a polícia chegar. Uma pistola calibre 45 e um rifle foram encontrados juntos ao corpo do suspeito. A arma teria sido comprada legalmente, segundo as autoridades. As motivações para o ataque estão sendo investigadas.
O ataque teve início por volta das 16h do horário local (17h de Brasília). O prédio em questão é sede de diversos departamentos municipais.
A identificação das vítimas foi revelada neste sábado (1º) durante uma coletiva de imprensa. Entre elas, havia sete homens e cinco mulheres, funcionários do município e colegas do atirador. Os nomes divulgados foram: Laquita C. Brown, Tara Welch Gallaghe, Mary Louise Gayle, Alexander Mikhail Gusev, Katherine A. Nixon, Richard H. Nettleton, Christopher Kelly Rapp, Ryan Keith Cox, Joshua A. Hardy, Robert "Bobby" Williams, Michelle "Missy" Langer e Herbert "Bert" Snellin.
"Este é um dia trágico para Virginia Beach e para toda a nossa comunidade", lamentou o governador da Virgínia, Ralph Northam, no Twitter. "Meu coração está partido pelas vítimas deste tiroteio devastador, suas famílias e todos que os amavam. Estou a caminho de Virginia Beach agora e estarei lá dentro de uma hora."
O presidente Donald Trump apenas se manifestou na tarde de hoje, quando ofereceu via Twitter condolências à comunidade da Virgínia e disse que "o governo federal está lá para qualquer coisa que precisem".
Também no estado da Virgínia aconteceu um dos maiores massacres de estudantes nos Estados Unidos. Em abril 2007, um aluno abriu fogo em dois locais do campus da universidade Virginia Tech, em Blacksburg, matando 33 pessoas. Ele se suicidou depois.
Segundo o site Gun Violence Archive, que monitora ataques como esse nos EUA, trata-se do 150º tiroteio em massa naquele país neste ano.
*Com agências de notícias
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