Reação a queimadas leva Itamaraty a defender gestão da Amazônia no Twitter
Após a repercussão negativa da gestão ambiental do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na comunidade internacional e nas redes sociais nos últimos dias, o Ministério de Relações Exteriores iniciou hoje uma campanha no Twitter, em inglês e português, veiculando mensagens em defesa da atuação brasileira na preservação da Amazônia. As postagens foram publicadas no mesmo dia em que a hashtag #prayforamazonas (reze pelo Amazonas) virou um dos assuntos mais comentados do dia mundialmente na rede social.
A primeira das postagens do Itamaraty faz referência indireta ao título dado a um texto de uma revista de relações internacionais, a Foreign Policy, há algumas semanas, que questionava "Quem vai invadir o Brasil para salvar a Amazônia?".
Em seguida, as postagens elencam argumentos em defesa da atuação brasileira na preservação da Amazônia, incluindo a legislação que requer que proprietários rurais na floresta preservem 80% da mata nativa e o estabelecimento de unidades de conservação e ambiental e reservas indígenas em 50% do território amazônico.
Um dos posts compara ainda o tamanho da Amazônia com o território francês --a França tem criticado duramente o governo Bolsonaro pela gestão ambiental da área de preservação e pelo apoio às comunidades indígenas, e condicionou a permanência do Brasil no Acordo de Paris ao fechamento do tratado de livre comércio com a União Europeia.
O Itamaraty foi procurado para comentar a campanha no Twitter, e esta reportagem será atualizada assim que um posicionamento for enviado pela chancelaria brasileira.
Amazônia tem maior índice de queimadas, diz Inpe
Dois em cada três focos de queimada registrados em agosto ocorreram na Amazônia. Segundo dados do Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), os incêndios no bioma responderam por 65,1% do total.
O percentual em relação a outros biomas é o maior entre os meses de agosto desde o início da medição, em 2003.
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