Ministro Ricardo Salles é vaiado em evento sobre mudanças climáticas na BA
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi vaiado em vários momentos em evento do terceiro dia da Semana Latino-Americana sobre Mudança do Clima, da ONU (Organização das Nações Unidas), sediado em Salvador (BA). Durante sua fala, ele afirmou que as queimadas em Mato Grosso são preocupantes e que o ministério não foi omisso com desmatamento.
Salles chegou ao local acompanhado do prefeito da capital baiana, ACM Neto (DEM).
Assim que adentrou o auditório em que os painéis são discutidos, o público reagiu à presença do ministro com gritos de "fora, Salles", "fascista", e "assassino".
Representantes de entidades de proteção ao meio ambiente ergueram cartazes com palavras de ordem e frases alusivas a pedidos de proteção da Amazônia.
Em um pronunciamento de pouco mais de dois minutos, quando foi novamente vaiado, o ministro disse respeitar as manifestações da plateia.
"Eu queria dizer aos nosso prefeito ACM Neto que, apesar das gentis palavras, eu, perante todos, de uma forma bastante direta, diria: nós fomos convencidos pelo prefeito a fazermos o evento, o que permite que todos os senhores e senhoras estejam aqui, cada um manifestado as suas posições, as suas questões, os seus pontos de vista", discursou Salles.
Em maio, o ministro Ricardo Salles chegou anunciar o cancelamento do evento da ONU sobre o clima em Salvador.
À época, ele afirmou que "não fazia sentido" o Brasil sediar um encontro para preparar a Cop 25 (Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas), uma vez que o evento não mais aconteceria no país.
Na avaliação de Salles, sem a COP 25, manter o encontro na cidade baiana seria uma "oportunidade" apenas para a turma "fazer turismo em Salvador" e "comer acarajé". A fala causou polêmica.
"Vou manter um encontro que vai preparar um outro, que não vai acontecer mais no Brasil, por quê? Não faz o menor sentido, vai para o Chile! Vou fazer uma reunião para a turma ter oportunidade de fazer turismo em Salvador? Comer acarajé?", disse o ministro na ocasião.
Indagado quem seria a "turma", ele disse: "Sei lá, o pessoal de sempre".
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