Foguetes atingem área de embaixada dos EUA em Bagdá; Trump reitera ameaças
Em meio à escalada das tensões no Oriente Médio, foguetes atingiram a Zona Verde de Bagdá, região onde fica a embaixada dos EUA na capital do Iraque, no fim da tarde deste domingo (5), segundo as forças de segurança locais.
Minutos depois da divulgação dos ataques, cuja autoria e alvos ainda são desconhecidos, o presidente americano, Donald Trump, reiterou suas ameaças de uma resposta militar a eventuais investidas do Irã contra alvos ou cidadãos americanos. Segundo Trump, se isso ocorrer, os EUA reagirão "rapidamente e com força total, e talvez de forma desproporcional".
Na noite de sábado (4), Trump já havia feito ameaças de atacar 52 alvos iranianos caso o país atingisse um alvo americano. O número é uma alusão ao número de pessoas feitas reféns no sequestro da embaixada americana em Teerã em 1979, ano da Revolução Islâmica que transformou o Irã em uma teocracia.
No momento, não se sabe ao certo o número de foguetes disparados em direção à Zona Verde de Bagdá, onde ficam outras embaixadas estrangeiras e o Parlamento iraquiano.
Segundo o canal de notícias americano CNN, foram dois foguetes. De acordo com a agência Reuters, que cita fontes militares iraquianas, seis foguetes atingiram Bagdá, sendo três deles na Zona Verde, e seis pessoas ficaram feridas.
O canal curdo-iraquiano Rudaw relatou ao menos quatro explosões na região, e divulgou um vídeo no qual é possível ouvir o barulho de uma delas.
A temperatura da crise internacional está se elevando desde quinta-feira (2), quando um ataque americano em Bagdá matou o general iraniano Qassim Suleimani.
Mais cedo hoje, o Irã anunciou o fim das restrições ao seu programa nuclear, o que inclui o enriquecimento de urânio sem limitações.
Também neste domingo, o Parlamento do Iraque aprovou uma resolução para expulsar as tropas americanas do país. Os EUA têm 5.000 militares no Iraque. O governo local ainda precisa acatar a resolução.
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