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Trump não pensa em demitir infectologista nº 1 do governo, diz Casa Branca

O médico Anthony Fauci é a maior autoridade em doenças infecciosas nos EUA - Reuters via BBC
O médico Anthony Fauci é a maior autoridade em doenças infecciosas nos EUA Imagem: Reuters via BBC

Do UOL, em São Paulo

13/04/2020 15h38

O presidente norte-americano Donald Trump não tem intenção de demitir o infectologista Anthony Fauci, considerado a maior autoridade de saúde do governo no combate ao coronavírus, informou o vice-secretário de imprensa da Casa Branca, Hogan Gidley.

A declaração vem depois de Trump alimentar especulações ontem sobre o futuro de Fauci, compartilhando o tuíte que pediu que o especialista fosse demitido depois que ele disse em uma entrevista à CNN que mais poderia ter sido feito para impedir a propagação do coronavírus.

Em seu Twitter, Trump compartilhou uma mensagem que destacava a hastag #firefauci (despedir Fauci, em tradução) e fazia críticas ao fato de que Fauci afirmou em fevereiro que os Estados Unidos não precisavam se preocupar.

"Fauci agora está dizendo que, se Trump tivesse ouvido os médicos especialistas antes, ele poderia ter salvado mais vidas. Fauci estava dizendo às pessoas em 29 de fevereiro que não havia nada com o que se preocupar e não representava nenhuma ameaça ao público americano em geral. Hora de #FireFauci", destacou a mensagem original, compartilhada por Trump.

Segundo os veículos de imprensa norte-americano, o comentário do especialista em doenças infecciosas foi feito em referência ao surto do coronavírus no estado de Washington e Fauci chegou a afirmar que se tratava de um problema em evolução.

A forma com que o presidente dos EUA tem lidado com a pandemia tem recebido críticas desde o início. Muitos defendem que autoridades da saúde e da administração do país estavam alertando sobre o perigo do coronavírus semanas antes de Trump tomar as primeiras medidas de combate.

Após a mensagem divulgada em seu perfil, o atrito entre Trump e Fauci ficou ainda mais evidente. A relação entre eles tem sido alvo de várias especulações.

Enquanto o conflito segue em alta, o governo avalia os impactos da quarentena no combate ao coronavírus e a flexibilização ou não do distanciamento social.