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Coronavírus: EUA têm recorde de quase 2.600 mortes em 24 h, diz estudo

Homem com máscara de proteção contra coronavírus descansa na calçada durante passeio com os cães, em Nova York - Getty Images
Homem com máscara de proteção contra coronavírus descansa na calçada durante passeio com os cães, em Nova York Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

15/04/2020 21h39Atualizada em 15/04/2020 22h18

Os Estados Unidos registraram hoje um novo recorde sombrio, com quase 2.600 mortes provocadas pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, o pior boletim diário para um país em todo o mundo, segundo contagem na Universidade Johns Hopkins.

No total, morreram 2.569 pessoas de covid-19 entre a noite de ontem e a de hoje, segundo números da Universidade. As mortes pelo novo coronavírus nos EUA já chegam a 28.325. O total de diagnósticos no país já chega a 636.350, sendo 27.110 casos apenas no último dia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em coletiva na Casa Branca que vai apresentar amanhã novas diretrizes para reabrir aos poucos o país na pandemia do coronavírus.

Trump anunciou que recentes dados sugerem que, em todo o país, "estamos ultrapassando o pico de novos casos", citando o achatamento da curva em Detroit e Denver, declínio em Nova York e "grande progresso" em Washington, DC, Baltimore, Filadélfia, e St. Louis.

O quadro mais grave está no estado de Nova York, que é considerado o novo epicentro da pandemia com mais de 195 mil casos oficiais e mais de 10 mil mortes.

O governador Andrew Cuomo anunciou hoje que o Departamento de Saúde do estado desenvolveu seu próprio teste de anticorpos para coronavírus.

"Estes testes serão muito importantes porque agora [a testagem] está sob nosso controle, não precisamos de um laboratório particular", explicou Cuomo, segundo a CNN.

Batalha no inverno

Robert Redfield, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), fez um alerta sobre uma possível segunda onda de infecções por coronavírus no fim do ano, quando começar o inverno, mesmo que a epidemia pareça já ter sido controlada no país.

"Acho que temos que presumir que este é como qualquer outro vírus respiratório, então haverá uma sazonalidade para ele", disse Redfield em entrevista ao "Good Morning America", da ABC News.

Para o especialista, até que o fim do ano chegue, não dá para ter certeza que a covid-19 não vá voltar. "É fundamental que planejemos que esse vírus vá seguir um padrão de sazonalidade similar ao da gripe, e aí teremos outra batalha contra ele no próximo inverno", alertou.