Coronavírus: EUA têm recorde de quase 2.600 mortes em 24 h, diz estudo
Os Estados Unidos registraram hoje um novo recorde sombrio, com quase 2.600 mortes provocadas pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, o pior boletim diário para um país em todo o mundo, segundo contagem na Universidade Johns Hopkins.
No total, morreram 2.569 pessoas de covid-19 entre a noite de ontem e a de hoje, segundo números da Universidade. As mortes pelo novo coronavírus nos EUA já chegam a 28.325. O total de diagnósticos no país já chega a 636.350, sendo 27.110 casos apenas no último dia.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em coletiva na Casa Branca que vai apresentar amanhã novas diretrizes para reabrir aos poucos o país na pandemia do coronavírus.
Trump anunciou que recentes dados sugerem que, em todo o país, "estamos ultrapassando o pico de novos casos", citando o achatamento da curva em Detroit e Denver, declínio em Nova York e "grande progresso" em Washington, DC, Baltimore, Filadélfia, e St. Louis.
O quadro mais grave está no estado de Nova York, que é considerado o novo epicentro da pandemia com mais de 195 mil casos oficiais e mais de 10 mil mortes.
O governador Andrew Cuomo anunciou hoje que o Departamento de Saúde do estado desenvolveu seu próprio teste de anticorpos para coronavírus.
"Estes testes serão muito importantes porque agora [a testagem] está sob nosso controle, não precisamos de um laboratório particular", explicou Cuomo, segundo a CNN.
Batalha no inverno
Robert Redfield, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), fez um alerta sobre uma possível segunda onda de infecções por coronavírus no fim do ano, quando começar o inverno, mesmo que a epidemia pareça já ter sido controlada no país.
"Acho que temos que presumir que este é como qualquer outro vírus respiratório, então haverá uma sazonalidade para ele", disse Redfield em entrevista ao "Good Morning America", da ABC News.
Para o especialista, até que o fim do ano chegue, não dá para ter certeza que a covid-19 não vá voltar. "É fundamental que planejemos que esse vírus vá seguir um padrão de sazonalidade similar ao da gripe, e aí teremos outra batalha contra ele no próximo inverno", alertou.
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