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Trump diz não lembrar se foi avisado sobre a covid antes: 'Tenho que ver'

A OMS estima que o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus no mundo aconteceu em 17 de novembro do ano passado - Reuters
A OMS estima que o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus no mundo aconteceu em 17 de novembro do ano passado Imagem: Reuters

Do UOL, em São Paulo

28/04/2020 14h48Atualizada em 28/04/2020 14h53

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que vai "checar" se realmente recebeu alertas sobre o novo coronavírus em janeiro e fevereiro, antes de a doença se espalhar pelo país.

"Tenho que checar, tenho que ver. Quero saber as datas exatas dos alertas", afirmou Trump durante uma reunião com o governador do estado da Flórida, Ron DeSantis, na Casa Branca. A declaração foi publicada no site da emissora CNN.

Vale lembrar que a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus aconteceu em 17 de novembro do ano passado, segundo investigação do jornal South China Morning Post, de Hong Kong, com base em dados do governo chinês.

O presidente americano ainda citou a proibição de viagens dos EUA à China como prova de que ele levou o vírus a sério. "Quando bani a China, quase todo mundo ficou contra mim. Achavam que era muito drástico, que não era necessário. Republicanos e democratas, quase todo mundo discordou", lembrou.

A fala de Trump é uma resposta à reportagem publicada ontem pelo jornal The Washington Post, que relata que o presidente recebeu mais de uma dúzia de alertas sobre o coronavírus em janeiro e fevereiro, mas continuou subestimando a ameaça e a gravidade da epidemia.

Os alertas, segundo o jornal, estavam presentes no "President's Daily Brief", uma espécie de resumo dos relatórios feitos por diferentes agências de inteligência do país. Àquela época, os chamados briefings já haviam detectado a proliferação do coronavírus na China e ressaltaram "possíveis ramificações generalizadas" da epidemia.

Hoje, de acordo com balanço da Universidade Johns Hopkins, os EUA registram quase 1 milhão de casos confirmados da covid-19, além de mais de 56 mil mortes.